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Mulheres ganham direitos em igualdade de gênero, mas foram mais afetadas pela pandemia, diz Banco Mundial

Saiu no G1

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As mulheres possuem, em média, 75% dos direitos legais concedidos aos homens em suas vidas profissionais, mostrou um levantamento do Banco Mundial divulgado nesta terça-feira (23). O estudo global avalia o quanto as leis interferem na carreira e na vida econômica delas.

O resultado da pontuação média no índice de igualdade legal entre os gêneros em 2020, de 76,1 pontos, é melhor que o de 2019, quando foram 75,5 pontos.

A pontuação, que vai de 0 a 100, é medida por indicadores como mobilidade, local de trabalho, remuneração, casamento, maternidade, empreendedorismo, bens e benefícios sociais. A pesquisa foi realizada entre setembro de 2019 e outubro de 2020, em 190 economias diferentes.

Crescimento de igualdade

O aumento da igualdade entre os gêneros pode ser visto em ao menos dois pontos da pesquisa. Nos resultados de 2020, 10 economias tiveram pontuações máximas (100 pontos), contra 8 do ano anterior. Foram eles: Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Irlanda, Letônia, Luxemburgo, Portugal e Suécia.

Entre os campeões, Portugal e Irlanda tiveram novidades no período envolvendo legislações que favoreceram a igualdade.

As novidades entre leis são o segundo ponto de melhoria no último ano. Ao todo, foram 36 mudanças em 27 economias.

Entre elas estão licenças maternidade e paternidade, permissão para emissão de passaporte (na Jordânia), obrigatoriedade de salários iguais entre os gêneros e proibições de discriminações em diversos setores econômicos.

Brasil

O Brasil foi um dos que subiram de pontuação por mudanças em leis, que resultam e benefícios para a igualdade das mulheres. Na pesquisa mais recente, o Brasil obteve 85 pontos, contra 81,9 da feita em 2019.

De acordo com o estudo, isso se deve às reformas da previdência de 2019, que acabou com a aposentadoria por idade.

Mulheres e a Covid-19

Para o Banco Central, a pandemia do coronavírus teve maior impacto sobre as mulheres, que ocupam em maior proporção setores afetados pela crise mundial, como o sistema de saúde. Dados revelam ainda uma queda na proporção de mulheres empregadas em tempo integral com a chegada da pandemia.

Além disso, elas também foram forçadas a abandonar seus trabalhos, mesmo que fora de serviços essenciais e/ou de maior participação feminina, para cuidarem de seus filhos.

“Para trabalhadores da linha de frente que não podem trabalhar em casa – a maioria dos quais em todo o mundo são mulheres – fechamentos de escolas e creches foram particularmente desafiadores”, diz o estudo.

“Mesmo quando ambos os pais tiveram a sorte de poderem de trabalhar em casa, os homens ainda não realizavam a mesma quantidade de cuidados infantis e trabalho não remunerado como as mulheres. Além disso, muitos empregadores discriminaram mães pela falta de onde deixar os filhos”, completa.

Veja as dez economias com melhores e piores notas, segundo o Banco Mundial

Melhores notas:

  • Bélgica (100);
  • Canadá (100);
  • Dinamarca (100);
  • França (100);
  • Islândia (100);
  • Irlanda (100);
  • Letônia (100);
  • Luxemburgo (100);
  • Portugal (100);
  • Suécia (100).

Piores notas:

  • Guiné-Bissau (42,5);
  • Afeganistão (38,1);
  • Síria (36,9);
  • Omã (35,6);
  • Irã (31,3);
  • Catar (29,4);
  • Sudão (29,4);
  • Kuwait (28,8);
  • Iêmen (26,9);
  • Territórios Palestinos (26,3).

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