Saiu no R7
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A produtora Tainá*, de 42 anos, separava distraída a roupa que usaria na festa de fim de ano da empresa em que trabalhava quando, de costas para a porta do quarto, escutou o engatilhar da arma do então companheiro em sua direção. O medo de morrer naquele momento a paralisou. “Nem virei o corpo”, lembra. A advogada Sueli* se separou do namorado após uma tentativa de agressão física. Tempos depois, ele passou a persegui-la e pressioná-la para retomarem o namoro. O detalhe é que Sueli descobriu que o ex-companheiro, um político do interior de Santa Catarina, havia usado a arma para atirar na casa da ex-mulher ao final do antigo relacionamento.
Tainá e Sueli sobreviveram a essas e outras ameaças durante o tempo em que conviveram com seus parceiros. Outras mulheres, porém, não conseguiram escapar da violência armada. Dos 4 mil casos de óbitos femininos por agressão registrados em média por ano, metade tem como meio empregado as armas de fogo.