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Livro analisa as lutas e as conquistas da mulher brasileira

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Livro analisa as lutas e as conquistas da mulher brasileira

Ana Maria Colling, uma das principais pesquisadoras brasileiras sobre história das mulheres, busca em A Cidadania da Mulher Brasileira: uma Genealogia compreender as origens dos discursos que pavimentaram a trajetória da cidadania feminina em nosso país. Através de vasta documentação, tratados religiosos, filosóficos, médicos e jurídicos, examina como a diferença sexual foi elaborada e transformada em norma, atribuindo às mulheres a condição de cidadãs de segunda classe. A autora escrutina as margens da história e suas entrelinhas buscando vestígios do passado ignorados pela historiografia tradicional, escrita por homens. Através de pesquisa densa, deparou com palavras e vozes femininas que resistiram às tentativas de exclusão e apresenta trechos instigantes de textos literários, filosóficos, jornais femininos, peças teatrais, pronunciamentos e outros achados, além de dois documentos que constam no anexo da obra: Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, escrita por Olympe de Gouges durante a Revolução Francesa, e o Estatuto da Mulher Casada, sancionado no Brasil em 1962.

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Em cinco capítulos, tece uma narrativa que parte de mitos fundadores, passa por filósofos gregos, tratados religiosos da cristandade europeia na Idade Média, códigos jurídicos modernos e as principais legislações portuguesas e brasileiras. Tempos diferentes, mas com discursos ancorados no patriarcado, ordem social que concentra o poder político, econômico e jurídico em mãos masculinas.

Como é possível contar a história das mulheres a partir de um universalismo que não as incorporou como sujeito? A pergunta se relaciona com o objeto do livro que é analisar a conquista da cidadania feminina no Brasil e os paradoxos dessa construção.

A partir de perspectivas teóricas que põem em diálogo os estudos de gênero, Michel Foucault e debates interseccionais, indaga quais os limites do uso da categoria mulher. E aponta que não existe uma mulher ao longo da história, mas sim mulheres plurais, lembrando que gênero deve ser examinado considerando relações sociais, como classe, raça e geração.

No final, reflete sobre as tentativas de barrar o acesso à cidadania das mulheres no Brasil na segunda metade do século 19 e primeira metade do século 20. Para a autora, as representações que atravessaram o período impuseram a noção de uma essência feminina naturalizando a família e o lar como lugares naturais para elas. O Anjo do Lar, descrito por Virginia Woolf no ensaio Profissões para as Mulheres, um ser encantador que “domina todas as difíceis artes da vida familiar”, condensava o modelo de feminilidade da burguesia e classe média. Por extensão, se constituiu como norma para avaliar as mulheres, mesmo as que por sua condição de pobreza, raça/cor ou status social estavam distantes desse ideal de domesticidade.

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