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Apesar de cotas, situação de mulheres e negros fica praticamente estável nas grandes cidades

Saiu na FOLHA DE SÃO PAULO.

Veja a Publicação Original.

A estreia da cota racial nas eleições, aliada à já existente cota de gênero, não conseguiu mudar de forma significativa o cenário nas grandes cidades brasileiras: prevaleceu a eleição de homens brancos para os 94 municípios com mais de 200 mil habitantes, incluídas aí 24 capitais.

Os resultados do segundo turno, divulgados na noite deste domingo (29), mostram que só dois candidatos que se declararam pretos e 15 que se declararam pardos foram eleitos prefeitos nesses grandes centros urbanos, o que representa 20% do total.

A relação é praticamente a mesma se comparada com as eleições de 2016 —18 negros e 76 brancos. Não há como comparar com outras eleições porque a Justiça Eleitoral passou a perguntar a cor e raça do candidato a partir das eleições de 2014.

Os dois únicos candidatos autodeclarados pretos a vencerem em grandes cidades em 2020 foram Professor Lupércio (Solidariedade), em Olinda (PE), ainda no primeiro turno, e Suellen Rosim (Patriota), em Bauru (SP), no segundo turno.

Pretos e pardos somam 56% da população brasileira.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal, as atuais eleições foram as primeiras em que vigorou a exigência de que partidos distribuam a verba de campanha de forma proporcional aos candidatos negros e brancos que lançarem. A exigência relativa às mulheres já existe desde 2018.

Na divisão por gênero, a única prefeita de capital eleita foi Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas. A capital do Tocantins, porém, tem menos de 200 mil eleitores e não figura na lista das maiores cidades do país, aquelas em que há possibilidade de segundo turno.

Ou seja, no rol das 94 maiores cidades —em decorrência do apagão, Macapá terá eleição apenas em dezembro—, nenhuma mulher foi eleita.

Entre as derrotadas neste domingo estão Manuela D’Ávila (PC do B), em Porto Alegre, e Marília Arraes (PSB), no Recife.

Se levado em conta as 94 grandes cidades, houve um leve aumento: oito mulheres foram eleitas neste ano, contra 86 homens. Em 2016, apenas 3 mulheres haviam conseguido a vitória nessas grandes cidades. Em 2008, porém, dez mulheres haviam se tornado prefeitas em grandes centros.

Entre as mulheres vitoriosas em 2020 estão duas candidatas do PT que conseguiram se eleger neste domingo, Margarida Salomão em Juiz de Fora e Marília em Contagem, ambas em Minas Gerais.

As mulheres também são maioria na população brasileira, com 52%.

Veja a Matéria Completa Aqui!

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