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4° Delegacia de Defesa da Mulher inova, ganha brinquedoteca e espaço humanizado e busca aproximação com a sociedade

Saiu no site SEMANÁRIO DA ZONA NORTE

 

Veja publicação original:   4° Delegacia de Defesa da Mulher inova, ganha brinquedoteca e espaço humanizado e busca aproximação com a sociedade

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Localizada no bairro da Freguesia do Ó, a 4° Delegacia de Defesa da Mulher do Estado de São Paulo inaugurou na manhã do dia 10 de outubro, uma brinquedoteca dedicada às crianças vítimas de violência doméstica ou filhos de mulheres violentadas para que possam ter um atendimento mais humanizado durante a denúncia. O serviço é pioneiro e inovador na Zona Norte.

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Para a dra. Patrícia Chalfen M. F. Orrin, que está à frente da unidade há dois meses, o projeto foi realizado através de uma estratégia eficaz e de um bom planejamento. “Cheguei com muita vontade de realizar um trabalho para a sociedade, de forma efetiva, que pudesse ajudar estas mulheres e crianças vítimas de violência. Hoje vemos uma mudança real no comportamento das mulheres e das crianças. Isso dignifica o trabalho”.

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O espaço transmite acolhimento desde a sua porta de entrada. No local, há mensagens de incentivo que trabalham a autoestima feminina, além disso, a cor lilás, presente nas paredes, transmite emoções e reergue a mulher no espaço. “Temos a intenção de trazer um novo momento para elas, e também para a família como um todo, trazendo a criança e também o agressor. Acredito que assim, conseguiremos mudar os rumos da sociedade”.

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A equipe é composta por 15 pessoas, sendo 12 mulheres e 3 homens. “É importante termos a presença masculina no grupo, pois muitos agressores, ao verem a presença masculina, se sentem inibidos e intimidados. Este tralhado de contensão é importantíssimo”, finaliza.

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Atualmente existem 133 unidades do tipo espalhadas pelo território paulista. Nove delas estão localizadas na capital, 19 na região metropolitana e 108 no interior e litoral. Isso equivale à 36% das delegacias especializadas no atendimento à mulher em todo o Brasil.

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Para o dr. Olavo Reino Francisco delegado de polícia, diretor da Divisão de Assistência do Depap, “a inauguração deste espaço gera um ganho imensurável para a coletividade e para a Polícia Civil. Além disso, a inauguração de um local destes gera tranquilidade, dignidade e assistência para a mulher. Espero que este seja o primeiro de muitos locais destinados à esta prática não só na capital, como também no interior”.

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Segundo dados do ‘Mapa da Violência: Homicídio de Mulheres no Brasil’, apontam que é principalmente no ambiente doméstico onde ocorrem as situações de violência contra a mulher. A taxa de ocorrência no ambiente doméstico é 71,8%, enquanto em vias públicas é 15,6%.

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A violência física contra a mulher é predominante (44,2%), seguida da psicológica (20,8%) e da sexual (12,2%). No caso das vítimas que têm entre 20 e 50 anos de idade, o parceiro é o principal agente da violência física. Já nos casos em que as vítimas têm até nove anos de idade e a partir dos 60 anos, os pais e filhos são, respectivamente, os principais agressores.

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Para o dr. José Mendes Ferreira, que é teólogo formado em Havard (EUA), Chanceler da Organizações das Nações Unidas (ONU) e atualmente ocupa a quinta cadeira de imortalidade na Câmara Municipal de São Paulo, “a inauguração de um espaço destes é extremamente importante, ainda mais em um bairro periférico, como a Freguesia do Ó. Através deste projeto, podemos mudar a vida de muitas pessoas, famílias e sociedade como um todo. Quando se fala de criança, se fala de Deus”, finaliza.

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Vale lembrar que além das DDMs, todas as delegacias do Estado estão preparadas para atender e receber esses tipos de ocorrências. Ao fazer o registro da denúncia, a vítima pode solicitar uma medida protetiva para impedir que o agressor se aproxime. Na delegacia, além de ser informada sobre os seus direitos, receberá orientação jurídica. Sendo assim, as mulheres que sofrerem violência física, moral ou sexual, poderão procurar a DDM mais próxima ou qualquer outra delegacia.

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Para o delegado da 4° Delegacia Seccional Norte, dr. Luiz Carlos do Carmo, “um espaço destes visa não só acolher, humanizar as relações, mas também esclarecer e apurar ações criminais de violência doméstica na região. Para se ter uma noção, tínhamos cerca de 80 inquéritos relatados por mês, e hoje temos 285. Estes números mostram que estamos no caminho certo, reduzindo o sentimento de impunidade do agressor. Além disso, o Ministério Público está muito atuante na nossa região e na unidade temos três delegados acumulando funções, exatamente para podermos atender todas as demandas”, finaliza.

 

 

 

 

 

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