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Modelo sequestrada e encontrada em mala: ‘Tive que fazer meu sequestrador se apaixonar por mim’

Saiu no site R7:

 

Veja publicação original: Modelo sequestrada e encontrada em mala: ‘Tive que fazer meu sequestrador se apaixonar por mim’

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A britânica Chloe Ayling foi seduzida por uma falsa proposta de trabalho e conseguiu escapar do cativeiro mantendo um relacionamento com seu algoz

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Depois de dois dias presa a uma cômoda, a modelo Chloe Ayling concordou em dividir a cama com seu sequestrador.

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“Quanto mais começamos a conversar, mais construíamos um vínculo. E quando percebi que ele estava começando a gostar de mim, sabia que tinha que usar isso a meu favor”, diz a britânica que vive em Londres.

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Ayling, 20 anos, havia viajado a Milão, na Itália, pela promessa de uma sessão de fotos com Lukasz Herba em 30 de julho de 2017.

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Mas, chegando lá, foi drogada sem saber com ketamina (uma substância que é feita com anestésico usado em cavalos), despida, algemada e conduzida por 193 quilômetros no porta-malas de um carro até uma fazenda. Lá, seria mantida presa por seis dias.

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Ela contou ao programa Victoria Derbyshire, da BBC, como conseguiu escapar do cativeiro e como tem lidado com as pessoas duvidando de sua história.

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Namoro no cativeiro

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Ayling diz que foi “horrível” quando chegou à casa e Herba contou que, se ela não pagasse 300 mil euros, seria vendida como escrava sexual.

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“Eu acreditei que ele dizia a verdade porque ele respondia a todas as minhas perguntas com muitos detalhes”, diz ela.

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Mas Herba também perguntou se ele poderia beijá-la e se os dois poderiam ter um relacionamento.

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“Eu pensei que era a minha chance de sair dali”, conta.

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“Uma vez eu vi sua reação ao que eu estava dizendo sobre as coisas que poderiam acontecer no futuro. Ele estava animado e realmente ansioso para que acontecesse e sempre falando disso – foi essa resposta que me fez perceber que eu precisava continuar fazendo aquilo.”

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 O sequestrador da modelo, o polonês Lukasz Herba, foi condenado a 16 anos de prisão

EPA / BBC BRASIL

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Quando ele percebeu que o resgate não seria pago, a soltou e a levou ao consulado britânico em Milão.

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Enquanto aguardavam a abertura do consulado, testemunhas relataram tê-los visto rindo e brincando em um café.

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Pode parecer estranho, diz Ayling, “mas por que ficaria distante, sem me comunicar, com a pessoa que está começando a ter sentimentos por você e que você conta com isso para ser libertada?”, diz. “Eu tive que fazer tudo que podia para fazê-lo se apaixonar por mim.”

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Herba, um polonês, foi preso em junho e condenado a 16 anos e nove meses de reclusão após ter sido julgado em Milão.

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Em sua defesa, Herba disse que ele já havia conhecido Ayling e se apaixonado por ela. Ele alegou que queria criar um escândalo para ajudar sua carreira, ganhando uma publicidade extra.

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“Eu ainda não entendo completamente sua motivação”, diz ela. “Não pode ser só dinheiro. Então, por que ele me escolheu e me adicionou no Facebook há dois anos? É como se ele estivesse me perseguindo, então, também deve ser uma obsessão.”

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Ayling foi drogada e colocada dentro de uma mala antes de ser levada ao cativeiro

Reuters / BBC BRASIL

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Retorno e críticas

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Quando Ayling retornou ao Reino Unido após sua libertação, ela deu algumas entrevistas para a TV na porta de sua casa e foi criticada por “parecer feliz” e pela roupa escolhida.

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Ela diz que estava feliz por estar em casa, o que temia que nunca mais aconteceria – e tinha acabado de sair de um avião usando shorts e um top.

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“Eu estava apenas sendo eu. Falei com os repórteres porque pensei que isso os faria ir embora, mas isso não funcionou de verdade”, fala.

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“As pessoas esperavam que eu estivesse chorando o tempo todo e me desligado do mundo, sem encarar nenhuma câmera. Eu poderia ter escolhido fazer isso, mas pensei em como isso iria me ajudar a me recuperar. Falar sobre o que aconteceu era minha maneira de superar isso e seguir em frente.”

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Ela conta que também tenta não se chatear com as críticas de que parecia uma pessoa “sem emoção”.

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Ayling, que escreveu um livro sobre sua experiência, diz que é ridículo que as pessoas continuem a duvidar dela mesmo depois da condenação de Herba. Ela culpa a mídia por “lavagem cerebral” e diz que quem mais a insulta são as mulheres.

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“Uma vez que eles (a mídia) veem que uma pessoa é controversa, eles simplesmente tentam ir cada vez mais fundo e fazer os outros a odiarem ainda mais, já que isso é o que dará audiência. É doloroso porque eu não esperava passar por algo tão ruim e ser desacreditada pelo meu próprio país.”

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