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Mulheres recebem apitos contra assédio no transporte coletivo

Saiu no site O TEMPO

 

Veja publicação original: Mulheres recebem apitos contra assédio no transporte coletivo

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Campanha, que teve primeira ação nesta quarta-feira, foi realizada na estação São Gabriel; metrô também receberá ações de prevenção ao crime de importunação sexual

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Por Flaviane Paixão e Carolina Caetano

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A Guarda Municipal de Belo Horizonte começou nesta quarta-feira (31) a entregar apitos e material informativo para coibir o crime de importunação sexual no transporte coletivo da cidade.

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A primeira ação, realizada na estação São Gabriel, na região Nordeste da capital, distribuiu 300 sinalizadores e 600 cartilhas educativas.

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Segundo Aline Oliveira, responsável pelo projeto da corporação, os usuários são orientados a identificar um caso de assédio e como pedir ajuda. Ela ressaltou que haverá novas ações, inclusive na semana que vem, mas, por questões estratégicas, os locais não serão revelados. Os terminais do metrô também fazem parte do programa. Ao todo, serão distribuídos 10 mil apitos.

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“A campanha é direcionada para as mulheres, público mais vulnerável. Mas qualquer um que se sentir importunado sexualmente pode solicitar apoio da Guarda Municipal”, disse Aline.

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Ela esclareceu que, quando a vítima apitar, o motorista está orientado a acionar o botão de pânico, que é silencioso e alerta a Central de Operações da Prefeitura. Caso ela não tenha o apito, pode também comunicar o fato ao agente de bordo ou ao motorista. Assim, a corporação terá condições de interceptar o coletivo e tomar as devidas providências.

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“Não é nada que vai trazer constrangimento para os passageiros. Não vai alterar o curso da viagem nem o tempo dela”, esclareceu Aline.

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O crime de importunação sexual inclui masturbar-se, beijar ou ejacular em alguma pessoa sem o consentimento dela, conforme lei sancionada pela Presidência da República em setembro. A pena para o agressor varia de um a cinco anos de prisão. Levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais revela que, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados três casos por dia de situações que se enquadram na nova lei.

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As mulheres que dependem do transporte público estão aliviadas com a ação e acreditam que, com a iniciativa, as vítimas não terão mais tanto medo ou vergonha de denunciar os abusadores.

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“A mulher, às vezes, fica calada e não faz nada. Qualquer incentivo é bom. Eu já passei por uma situação dessas quando, dentro do ônibus, um homem ficou encostando. Tive que ficar arredando. Os homens acham que têm liberdade de assediar. As mulheres agora têm que ter atitude de denunciar”, afirmou a vendedora Janaína Sales, de 45 anos.

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A dona de casa Cecília Maria da Cruz, de 44, também já passou por uma situação de assédio e reagiu. “Eu gritei na hora, e a pessoa desceu do ônibus. Essa ação é muito importante porque vai ser uma segurança para nós, mulheres. Os homens acham que estão à vontade para fazer isso e não estão”, finalizou.

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Aline informou que, se a vítima do crime não tiver condições de apitar na hora ou chamar o motorista, ela pode entrar em contato pelo telefone 153 e denunciar.

 

 

 

 

 

 

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