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Violência e assédio sexual aumentam risco de hipertensão e depressão, diz estudo

Saiu no site FINANÇAS FEMININAS

 

Veja publicação original:  Violência e assédio sexual aumentam risco de hipertensão e depressão, diz estudo

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Por Ana Paula de Araujo

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Qualquer tipo de violência ou assédio sexual deixa marcas nas vítimas para sempre. Agora, a ciência descobriu que não apenas a saúde mental é afetada: a física também. Mulheres vítimas de assédio ou violência sexual possuem sério risco de problemas de saúde de longo prazo, de acordo com pesquisa publicada no periódico científico JAMA Internal Medicine.

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Essas vítimas são duas vezes mais predispostas a desenvolver pressão arterial elevada e hipertensão, assim como possuem alto risco de ter índices elevados de triglicérides – e estes dois males são associados a doenças cardíacas.

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As pesquisadoras também descobriram que essas mulheres são de duas a três vezes mais propensas a sofrer de depressão, ansiedade, dificuldades em dormir e insônia clinicamente diagnosticada.

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Violência sexual: saúde mental e física padecem

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Para chegar a essas conclusões, as pesquisadoras Rebecca C. Thurston, Yuefang Chang e Karen A. Matthews analisaram 304 mulheres entre 40 e 60 anos. Dessas, 19% relataram histórico de assédio sexual no ambiente de trabalho, 22% afirmaram terem sofrido algum tipo de violência sexual e 10% reportaram ambos.

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As participantes não eram fumantes, tampouco possuíam doenças cardiovasculares. Elas passaram por uma bateria de exames, tiveram seu histórico médico analisado e responderam um questionário que abordava tanto a questão do assédio sexual no trabalho e violência sexual quanto de seu sono e sintomas de depressão e ansiedade.

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“Essas experiências de assédio e a sensação de terem sido desrespeitadas acumula ao longo do tempo. O cérebro guarda isso como memórias cristalizadas que não nos abandonam. Essas memórias possuem um impacto real”, explicou Thurston em entrevista ao site EverydayHealth.

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De acordo com a pesquisa, “assédio sexual está associado a uma predisposição significativa a desenvolver hipertensão nos estágios 1 e 2 entre mulheres que não tomam remédios anti-hipertensivos”, assim como “dificuldades em dormir e insônia clínica.”

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Consta, ainda, que “mulheres com histórico de violência sexual possuem mais sintomas depressivos, ansiedade clinicamente relevante e baixa qualidade de sono, quando comparadas a mulheres sem histórico de violência sexual.”

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A psicóloga clínica Eve Davison, do Boston Veterans Administration Healthcare System e diretora da equipe de recuperação de traumas em mulheres, afirmou ao EverydayHealth que estressores como problemas de saúde, a morte de um ente querido ou o peso de ser um cuidador (de alguém doente ou idosos) podem ativar memórias traumáticas em vítimas de violência e assédio sexual.

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“Eu ouço constantemente reclamações físicas de mulheres mais velhas que estão reacessando seus traumas e agora estão lidando com problemas que vão de hipertensão a insônia”, disse ela, que não está envolvida na pesquisa.

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Com essas descobertas, as pesquisadoras concluíram que “violência sexual e assédio sexual possuem, sim, implicações à saúde da mulher.” Combatê-las também é uma questão de saúde pública.

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Fotos: Fotolia

 

 

 

 

 

 

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