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Pedidos de mulheres por medidas protetivas aumentam em quase 30% na Grande Vitória

Saiu no site G1

 

Veja publicação original: Pedidos de mulheres por medidas protetivas aumentam em quase 30% na Grande Vitória

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Dado da Sesp é comparação entre o 1º trimestre de 2019 e 2018. Casos de feminicídio também aumentaram 33,3% nesse mesmo período.

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O número de medidas protetivas na Grande Vitória aumentou 27% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp). O município mais violento é Vila Velha, com 355 medidas protetivas concedidas neste período, seguido por Serra, Cariacica e Vitória.

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O aumento do número de pedidos pode ser um reflexo da quantidade de casos de violência doméstica. Segundo a Sesp, os casos de feminicídio aumentaram 33,3% nos três primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período em 2018. Foram 12 feminicídios no primeiro trimestre de 2019 e nove no primeiro trimestre de 2018.

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Ao todo, foram concedidas 840 medidas protetivas em municípios da Grande Vitória entre janeiro e março deste ano.

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  • Vila Velha – 355
  • Serra – 196
  • Cariacica – 152
  • Vitória – 108
  • Viana – 29
  • Total: 840 (Aumento De 27,27%)

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“Por um lado, é um dado positivo. As mulheres estão buscando a tutela da Justiça, a tutela policial para se livrarem de violência doméstica. Por outro lado, isso também demonstra que deve ter um número enorme de mulheres que não têm coragem de denunciar, por algum motivo, e que ficam em casa sofrendo violência. Por que o que a gente imagina é o seguinte: se chega esse tanto de denúncias, é porque o número de violência de forma geral está aumentando”, disse a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Brunela Vicenzi.

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A pesquisadora sobre violência contra a mulher aponta possíveis motivos que fazem com que muitas vítimas e calem.

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“Elas têm vergonha de denunciar. Por causa de uma repressão social, de comentários da família, vizinhos. Tem outras que se sentem dependentes do companheiro, marido ou namorado,seja por razão afetiva, por achar que filhos vão ficar sem o companheiro em casa, ou mesmo por dependência financeira. Os casos que chegam à delegacia são apenas a ponta do iceberg”, opinou Brunela.

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Casos

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A falta de uma denúncia pode custar vidas. No início deste mês, Yure dos Santos Faria, de 24 anos, foi morta pelo companheiro com dois tiros na cabeça na região de Terra Vermelha, em Vila Velha.

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Em abril, a diarista Maria Aparecida Viana de Souza foi assassinada pelo namorado no bairro Santa Rita, em Vila Velha.

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Em março, na região de São Pedro, em Vitória, uma mulher levou oito facadas pelas costas. O autor do crime foi o próprio companheiro.

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Também em março, um caso de violência contra a mulher chamou atenção no estado. A vendedora Jane Cherubim foi espancada e abandonada pelo então namorado em uma rodovia. Dias depois, o suspeito foi encontrado morto e o laudo apontou suicídio como causa da morte.

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Brunela, que coordena o laboratório de pesquisa de violência contra a mulher no Espírito Santo, disse que a Ufes agora busca uma nova alternativa na intenção de ajudar quem ainda não tem coragem de denunciar.

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“Uma das iniciativas foi conversar com o subsecretário de Saúde do Estado para pedir que a Secretaria de Saúde nos ajude através de alguma regulamentação interna para fazer com que os profissionais da saúde, toda vez que virem uma mulher vítima de violência nos prontos socorros, que denunciem imediatamente a polícia”, disse.

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