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De acordo com dados da Vatican News, as mulheres representavam 19,2% dos funcionários do Vaticano em 2013. O número subiu para 23,4% nos primeiros 10 anos do pontificado de Francisco.
Segundo a pesquisa, o número de mulheres que trabalham na Santa Sé e na administração do Estado da Cidade do Vaticano teve um salto de 846 para 1165. Historicamente, a nomeação de mulheres para altos cargos começou com Paulo VI e, após um longo hiato, foi somente em 2004 que João Paulo II nomeou uma subsecretária.
Mesmo com nomeações inéditas para cargos de destaque no Vaticano e o direito de voto em reuniões globais de bispos, o papa Francisco não ultrapassou a fronteira para a ordenação de mulheres como sacerdotes, nem mesmo para se tornarem diaconisas.
A religiosa francesa Nathalie Becquart, por sua vez, foi nomeada em fevereiro de 2021 ao posto de Subsecretária do Sínodo dos Bispos, uma cúpula de líderes da Igreja no Vaticano que trata dos temas mais fortes que a instituição enfrenta.
Com a medida, Becquart se tornou a primeira mulher com direito a voto em uma assembleia sinodal. Foi um marco histórico que abriu as portas para mais transformações.
Após a indicação de Francisco em janeiro de 2020, Francesca Di Giovanni também foi primeira mulher a ocupar um cargo de responsabilidade na diplomacia do Vaticano
Di Giovanni assumiu a função de subsecretária do Setor Multilateral da Seção para as Relações com os Estados, após uma longa experiência como funcionária da Secretaria de Estado, que começou em 1993.
Outra nomeação de Francisco é a de Barbara Jatta, diretora dos Museus do Vaticano desde 2016. Barbara é a primeira mulher a ser responsável pelas coleções pontifícias em uma das instituições culturais mais importantes do mundo.
O papa pediu a Jatta para que a instituição fosse uma casa aberta e construísse pontes, porque “a arte ajuda o mundo a ir adiante”. Embora leigos sempre tenham chefiado os Museus do Vaticano, a freira italiana assumiu o lugar de um bispo no Governatorato.
Este ano, outra indicação importante foi feita por Francisco. A freira Simona Brambilla foi nomeada prefeita do Dicastério para a Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, uma organização da Santa Sé.
Pioneira na função, Brambilla é responsável por uma das principais instituições religiosas do Vaticano e representa a autoridade máxima da instituição, que supervisiona as ordens religiosas, tanto masculinas quanto femininas, e os relacionamentos com seus seguidores.
Em 2019, a freira foi uma das primeiras mulheres nomeadas para o dicastério que agora lidera. Em outubro de 2023, foi nomeada secretária do mesmo dicastério e, em janeiro, promovida a prefeita.