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Gravidez precoce é uma das principais causas da evasão escolar, diz estudo

Saiu no site JORNAL NACIONAL

 

Veja publicação original:  Gravidez precoce é uma das principais causas da evasão escolar, diz estudo

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Estudo da Fundação Abrinq mostrou que quase 30% das mães adolescentes, com até 19 anos, não concluíram o ensino fundamental, ou seja, estudaram menos de sete anos.

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Um estudo sobre mães adolescentes mostrou como a gravidez precoce pode provocar resultados desastrosos na educação.

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Em uma unidade de saúde, na aula para adolescentes grávidas ou que acabaram de ter filhos, as intenções são as melhores.

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“Depois que ele nascer, vou voltar a estudar, ir atrás da minha vida”, afirmou uma adolescente.

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“Tenho que seguir a vida, terminar os estudos, procurar emprego”, disse outra adolescente.

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É na adolescência que se decide grande parte do nosso futuro e, quando surge uma gravidez precoce, aumentam as responsabilidades, os desafios, principalmente para as mulheres. Para serem mães, muitas sacrificam justamente aquilo que poderia dar um futuro melhor para elas e seus filhos.

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“No Brasil, nós temos uma preocupação, porque temos uma menina de 10 a 14 anos que se torna mãe a cada 21 minutos. A idade da primeira relação sexual está acontecendo entre 14 e 15 anos, é a média”, explica Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa do Adolescente da Secretaria de Saúde de São Paulo.

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A Stefanie engravidou com 16 anos.

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“Depois que ele nasceu, esperei ele sair mais ou menos do peito e tentei voltar a estudar, só que aí ele ficava chorando muito para mim não poder ir para a escola e eu parei de novo”, contou Stefanie Sampaio Batista, mãe do Bryan, de 3 anos.

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Um estudo feito pela Fundação Abrinq mostrou que menos de 20% das mães no Brasil não concluíram o Ensino Fundamental, ou seja, estudaram menos de sete anos. E esse número salta para quase 30% quando consideramos só as mães adolescentes, com até 19 anos.

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A situação ainda é mais dramática nas regiões Norte e Nordeste. O percentual de mães adolescentes que não concluíram o Ensino Fundamental passa dos 35%.

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“A gravidez precoce é, sem sombra de dúvida, um fator propagador de pobreza para a geração seguinte. Essa menina provavelmente sai da escola, não se forma, não acessa bons postos de trabalho e, portanto, provavelmente vai constituir uma família pobre”, completou Heloísa Oliveira, administradora-executiva da Fundação Abrinq.

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Em Alagoas, em 2017, praticamente uma em cada quatro mães tinha até 19 anos, assim como Luana dos Santos, de 17 anos.

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“Meu sonho é estudar, trabalhar de doutora, e dar uma vida melhor para os meus filhos”.

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A primeira filha nasceu aos 15 anos e o segundo, aos 17.

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“Parei na sexta série”, disse Luana.

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Depois que engravidou, aos 15 anos, Natasha Santana teve apoio da família e de uma ONG para voltar a estudar. Hoje, aos 19, faz faculdade de enfermagem.

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“Eu já precisava estudar, com o filho eu precisava ainda mais. O conhecimento ninguém tira de você”. “Não pode desistir, não é?”, pergunta o repórter. “Nunca, jamais”, confirma Natasha.

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