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#TBT O peso da desigualdade de gênero para as mulheres em casa ou no escritório

Saiu na REVISTA CLAUDIA

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desigualdade de gênero aumenta a carga sobre os ombros das mulheres. Conciliar carreirafamília e autoconhecimento é um desafio quando não há equidade em casa ou no escritório. Conversei com mulheres e homens sobre esse tema tão importante para a nossa luta.

O QUE ELAS FALAM

“Não é fácil dar o devido peso aos papéis de mãe, profissional e esposa, sendo que todos nos demandam diariamente. Isso exige, primeiro, aceitar minhas próprias limitações. O segredo está em não agir com rigidez, em não buscar padrões a serem seguidos, pois nem sempre o equilíbrio está na proporção, mas na intensidade, qualidade e na entrega durante essas vivências.”

Ivanda Sobrinho, liderança nacional socioassistencial do Justiceiras

“Como cresci em uma família machista, com pai militar e estrutura patriarcal, não fui preparada para lidar com predadores. Caí nessa sociedade como uma menina ingênua e acabei em um relacionamento com os olhos bem vendados para a realidade de submissão e discriminação de mulheres. Hoje, aos 53 anos, após uma longa e dolorosa caminhada, despertei. Comecei a enxergar quais vontades e escolhas não eram minhas, mas de uma sociedade que me dizia o que era bonito, aceitável e certo. Acordada, sei que a briga de titãs é grande. A mulher que despertou não aceita mais os conceitos arcaicos e opressores. Aprendi que não há força maior do que ser eu mesma. É desafiador, exercito diariamente o meu autoconhecimento, o amor-próprio, mas só assim poderei transformar esse mundo de desigualdades.”

Maria Aparecida, Juíza de Direito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

“O mais difícil ao assumir uma posição de liderança é a culpa. Não só por deixar o filho sob os cuidados de outra pessoa para trabalhar e de ter que utilizar o horário de descanso para estudar, mas por me cobrar durante o expediente, por estar sempre achando que poderia fazer mais, mesmo já abrindo mão de tanto. Para conseguir conciliar vida pessoal e profissional e ter equilíbrio, é preciso aceitar que você está fazendo o que pode; compreender que você não é uma mãe pior por cumprir com seus compromissos de trabalho, por passar fins de semana em um curso de especialização; e abraçar as frustrações, como não aceitar uma promoção porque não é compatível com seu estilo de vida. O ajuste está em entender que tudo bem querer ser mãe e boa profissional ao mesmo tempo respeitando os seus limites postos.”

Olívia Leal, liderança nacional socioassistencial do Justiceiras

“Nós, mulheres, queremos ter independência antes de buscar outros complementos para a felicidade, como ser amada, ter filhos, conseguir uma vida confortável – escolhas essas bastante individuais. Aquela que busca satisfação pessoal na carreira e também tem companheiro(a) e filhos necessita de apoio para conseguir encontrar o equilíbrio em tudo que lhe é solicitado em casa ou no escritório.”

Helvétia Pessoa, liderança nacional jurídica do Justiceiras

O QUE ELES FALAM

“O enfrentamento à violência contra as mulheres é uma pauta de direitos humanos, portanto, exige o engajamento de todos que são comprometidos com a construção de um mundo mais justo. Por ser uma violência relacional, é essencial trabalhar com homens e mulheres para desconstruir a normalização histórica da subordinação feminina.”

Thiago Pierobom, promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de Brasília

“A construção de políticas públicas voltadas às mulheres deve partir do reconhecimento das diferenças entre os gêneros, inclusive no que tange à jornada de trabalho. A partir daí, é preciso buscar mecanismos de equilíbrio, de equalização das diferenças”.

Carlos Vinícius Alves Ribeiro, promotor de Justiça

“É importante que os homens lutem pelos direitos das mulheres. Uma sociedade melhor e sadia perpassa radicalmente pela necessidade premente de que as mulheres não sejam alvo de todas essas violações de direitos que as assolam historicamente, e eliminam qualquer perspectiva de igualdade de gênero. Garantir a fruição de direitos pelas mulheres significa um mundo melhor para todos e todas. Homens devem reconhecer que já erraram muito e cometeram atrocidades contra as mulheres. Não dá para imaginar que não possamos melhorar nossas condutas e continuar agindo como se estivéssemos na época da pedra lascada.”

Nadilson Portilho Gomes, promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará

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