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#TBT Justiça de Saia: O que a justiça não vê, as mulheres sentem

Saiu na REVISTA CLAUDIA

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No texto de estreia de Gabriela Manssur, a Promotora de Justiça comenta os casos de feminicídios e estupros que ocorreram nos últimos dias

Recebi uma mensagem me convocando para um apagão feminino no Facebook. Aderi claro, mas sinto que esse apagão já está acontecendo há praticamente um mês: o apagão dos direitos das mulheres.

Primeiro o caso do feminicídio da Mayara Amaral, que foi brutalmente assassinada. Num primeiro momento, o agressor tentou dissimular sua conduta feminicida para um crime de latrocínio, mas  mudou a versão e confessou: “Matei num estado de fúria”.

Depois, quatro outros feminicídios: mulheres de todas as idades e classes sociais, mortas pela condição do gênero feminino, mostraram ao que todas nós estamos sujeitas. Crimes cometidos dentro de suas casas, na frente dos filhos, com requintes de crueldade: crimes de ódio contra as mulheres.

Mas não parou por ai: tivemos o estupro cometido contra a jornalista Clara Averbuck em um Uber, em que ela, como vítima, preferiu não procurar a Justiça.

E, por fim, o que causou mais indignação, foi o estupro (sim, estupro) de uma mulher em um transporte público – um homem ejaculou sobre ela. E, pasmem, no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça lançou a campanha “Juntos podemos parar o abuso sexual nos transportes”.

Mas o que mais nos surpreende, além da gravidade dos casos, é a forma como os direitos das mulheres vêm sendo encarados. Crimes de menor potencial ofensivo? Pode ser pra justiça, mas não para nós, mulheres.

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