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Polícia Civil recebe mais nove relatos de mulheres que alegam terem sido abusadas por médico cardiologista

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  Polícia Civil recebe mais nove relatos de mulheres que alegam terem sido abusadas por médico cardiologista

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Delegacia de Defesa da Mulher já contabiliza 26 registros contra Augusto César Barretto Filho, em Presidente Prudente. Conselho de Medicina indeferiu cancelamento do registro do profissional.

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A Polícia Civil, através da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), recebeu nesta quarta-feira (16) mais nove relatos de mulheres que alegam terem sido abusadas pelo cardiologista Augusto César Barretto Filho, de 74 anos, durante consulta médica, em Presidente Prudente. No total, já são 26 denúncias.

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Nesta segunda-feira (14), o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou à Justiça denúncia criminal contra o profissional pelo crime de violação sexual mediante fraude e pediu sua prisão preventiva. O mandado pode sair a qualquer momento.

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O advogado Emerson Longhi, que atua na defesa do médico, declarou que ainda não recebeu intimação formal da Justiça e que, por ora, não vai se manifestar sobre o caso.

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Além dos nove novos comparecimentos, a DDM também recebeu nesta quarta-feira (16) outras sete ligações de mulheres que disseram terem sido vítimas do médico.

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A delegada responsável pelas investigações, Adriana Pavarina, informou ao G1 que uma das vítimas que compareceram à DDM nesta quarta-feira (16) alegou que sofreu abusos do profissional de saúde há 25 anos. Ela será relacionada como testemunha nos novos inquéritos, já que transcorreu o prazo decadencial para a realização da denúncia, segundo a delegada pontuou ao G1.

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Registro de Augusto César Barretto Filho no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) — Foto: ReproduçãoRegistro de Augusto César Barretto Filho no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) — Foto: Reprodução

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Conselho de Medicina

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O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu sindicância para investigar os casos de abuso sexual que, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, foram cometidos pelo médico cardiologista Augusto César Barretto Filho.

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O conselheiro regional do Cremesp na região de Presidente Prudente, Henrique Liberato Salvador, afirmou ao G1 nesta quarta-feira (16) que a investigação será conduzida pela Câmara Técnica de Assédio Sexual do órgão, criada para apurar esses tipos de casos.

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Em nota oficial, o Cremesp apontou que as novas denúncias contra o cardiologista serão juntadas à investigação em curso.

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A sindicância segue sob sigilo determinado por lei.

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Ainda segundo o Cremesp, o pedido de cancelamento de registro profissional, apresentado pelo médico, foi indeferido, uma vez que ele responde à sindicância.

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“Tal cancelamento tornaria nulas as consequentes medidas punitivas”, esclareceu o conselho.

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Delegacia de Defesa da Mulher em Presidente Prudente — Foto: Wellington Roberto/G1Delegacia de Defesa da Mulher em Presidente Prudente — Foto: Wellington Roberto/G1

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A investigação

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“O inquérito foi instaurado de ofício, por portaria, a partir do registro do Boletim de Ocorrência feito por uma das vítimas, em meados de julho de 2018″, salientou.

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“Iniciado esse inquérito policial, como nós da DDM já tínhamos conhecimento de outros Boletins de Ocorrência registrados no passado e inquéritos que tramitaram aqui nesta Delegacia de Defesa da Mulher em que ele [médico] foi investigado, nós, diante da presença de indícios de autoria, instauramos o inquérito policial e, para averiguar a existência de outras vítimas, requisitamos da operadora de plano de saúde em que essa vítima teve a consulta atendida por esse médico a relação de pacientes e, a partir daí, buscando novas provas e novas vítimas de forma aleatória e exemplificativa, notificamos todas as pacientes ou algumas delas e, ao longo do inquérito, foram localizadas diversas outras vítimas que confirmaram a prática de atos libidinosos semelhantes descrevendo o mesmo modus operandi utilizado pelo médico”, relatou a delegada.

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Defesa

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O advogado Emerson Longhi, que atua na defesa do médico Augusto César Barretto Filho, afirmou ao G1 nesta quarta-feira (16) que ainda não recebeu intimação formal da Justiça sobre o caso.

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Longhi também manteve a declaração de que não deseja se manifestar sobre o assunto, “em respeito ao cliente, aos familiares do cliente, às mulheres e aos familiares destas mulheres”, e que o fará somente no processo.

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“Apenas tive conhecimento da mesma [denúncia] por grupos de WhatsApp e pelas redes sociais. A defesa nesse momento nada pode declarar, além de que o processo corre em segredo de Justiça”, declarou ao G1.

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