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Jovem de 18 anos é assediada no clube Jaraguá e escuta de gerência: ‘É normal devido a roupa e posição’

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Veja publicação original: Jovem de 18 anos é assediada no clube Jaraguá e escuta de gerência: ‘É normal devido a roupa e posição’

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Por Thiago Ricci

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Um assédio sexual ocorrido na segunda-feira (13) na academia do Jaraguá Club, na região da Pampulha, se tornou caso de polícia. Uma jovem de 18 anos foi assediada por dois homens quando fazia exercícios físicos e, ao reclamar com a gerência do clube, relata ter escutado que seria algo normal devido a roupa de ginástica que usava e a posição que estava na atividade. A estudante registrou um Boletim de Ocorrência na polícia e estuda tomar medidas judiciais.

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O caso ocorreu por volta das 11h de ontem, quando a jovem se exercitava na academia do clube. “Estava fazendo exercício no colchonete, com uma bola de pilates, quando um homem passou a me encarar sem parar. Ele passou a conversar com um outro homem e apontar o dedo. Cheguei a parar o exercício, o encarei de volta pra ver se ele desconfiava da atitude completamente absurda, mas não adiantou… Ele riu e só me deixou mais nervosa”, afirmou Luiza Rezende ao Bhaz.

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A estudante, então, procurou uma instrutora da academia para relatar o ocorrido e foi orientada a reportar o assédio à gerência geral. “Desde o princípio, eu senti que o funcionário estava querendo me intimidar. Disse que acusação de assédio era muito grave e, em seguida, afirmou que eu poderia registrar na polícia, mas que não daria em nada, que era comum esse tipo de assédio no clube”, relembra. “Disse que era normal no clube porque as mulheres usavam biquíni [em alusão às outras dependências do clube] e que podia ser alegado, em defesa dos homens, que esse tipo de situação ocorre por causa da roupa [de ginástica] que usava e da posição que estava no exercício”.

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Luiza conta que, ao chegar em casa, recebeu o amparo da mãe e do namorado. “Cheguei arrasada e desabei, comecei a chorar. Minha mãe e meu namorado me acompanharam, voltamos ao clube e, em seguida, registramos um boletim na PM, que me tratou muito bem”, afirma. “Temos medo de retaliação, mas isso tem que mudar, quero correr atrás dos nossos direitos. Assédio é muito comum em academia, mas as mulheres têm medo de falar, medo de acontecer o que aconteceu comigo”.

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Jaraguá Club

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Procurada, a presidência do clube evitou falar sobre a condução da gerência. “Não tenho essa informação. O clube deu toda a atenção, que é o procedimento correto, o que deveria ser feito. Vamos apurar todos os fatos em um procedimento interno, que é sigiloso”, afirmou o vice-presidente, Christian Trigueiro Ayres.

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“Vamos aguardar o inquérito policial. Se trata de um episódio envolvendo pessoas, e não o clube, poderia ter ocorrido em qualquer lugar. Mas vamos apurar os fatos como qualquer ocorrido com qualquer sócio do clube e, ao fim, temos uma comissão disciplinar para julgar”.

 

 

 

 

 

 

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