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Empreendedora camaronesa desbrava mundo dos negócios para dar educação aos filhos

Saiu no site ONU BRASIL

 

Veja publicação original: Empreendedora camaronesa desbrava mundo dos negócios para dar educação aos filhos

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Depois de se divorciar do marido e com cinco filhos para criar, a empreendedora Mereng Alima Bessela decidiu abrir seu próprio negócio para garantir que teria condições de mandar as crianças para a escola. Hoje, a empresária de Ntui, região central de Camarões, é uma produtora de cacau — tradicionalmente plantado por homens — e tem seu próprio restaurante. Bessela também mantém um criadouro de peixes. O relato é da ONU Mulheres.

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Mereng Alima Bessela. Foto: ONU Mulheres/Ryan Brown

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Depois de se divorciar do marido e com cinco filhos para criar, a empreendedora Mereng Alima Bessela decidiu abrir seu próprio negócio para garantir que teria condições de mandar as crianças para a escola. Hoje, a empresária de Ntui, região central de Camarões, é uma produtora de cacau — tradicionalmente plantado por homens — e tem seu próprio restaurante. Bessela também mantém um criadouro de peixes.

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Assim com milhares de mulheres nessa parte do território camaronês, não falta perspicácia para Bessela, mas a negociante precisa de acesso a capacitação, ao mercado e a serviços financeiros.

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Sanar essas necessidades é o propósito de um projeto da ONU Mulheres em comunidades ao longo da estrada que está sendo construída entre os municípios de Batchenga, Ntui e Yoko. A iniciativa oferece treinamento sobre gestão empresarial e outras habilidades para agricultoras e empreendedoras. O objetivo do programa é facilitar o acesso a serviços públicos e preparar as empreendedoras para oportunidades de negócios, assim que a construção da rodovia for finalizada.

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Financiado pelo Banco de Desenvolvimento da África Central, o Gender Road Project busca empoderar ao menos 20 mil mulheres que moram na área.

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Essa é a história de Mereng Alima Bessela:

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“Meu marido estava indo atrás de outras mulheres, então me divorciei dele. Eu tenho quatro meninas e um menino e estou mandando todos eles para a escola. Eu sou uma guerreira e faço tudo que preciso. A coisa mais importante é que meus filhos terminem a escola e encontrem bons empregos.

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Eu comecei o negócio do restaurante há três anos, quando soube que o governo estava construindo uma estrada entre Ntui e Yoko. Eu sabia que o projeto da estrada iria trazer mais pessoas.

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O negócio está indo bem! Eu cozinho comida tradicional e todos gostam.

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Em 2017, participei de um treinamento fornecido pelo Ministério da Pesca e Pecuária, em que eu tive a ideia de começar um viveiro de peixes. Eu me apaixonei pela piscicultura.

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De manhã, quando vou ao viveiro alimentar os peixes, é minha parte favorita do dia. Eu jogo comida no viveiro e os peixes ficam animados. Às vezes fico tão feliz que esqueço do tempo e fico os olhando por uma hora, esquecendo que preciso começar a cozinhar no restaurante!

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Eu gastei muito dinheiro construindo meus viveiros, mas houve muitos erros. Por exemplo, quando você projeta viveiros de peixes, se houver tocos de árvores no fundo, você precisa removê-los ou a água pode drenar. É por isso que tenho que reabastecer meu viveiro frequentemente. A maneira que eles construíram os canais também é errada. Quando chove forte, a lama bloqueia o canal e a água pode transbordar e os peixes podem sair.

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Eu aprendi tudo isso nas muitas sessões de treinamento que tive com o projeto da ONU Mulheres. Eu aprendi como construir o reservatório, como criar e multiplicar o número de peixes e como alimentar os peixes usando comida local e natural, que é orgânica e mais barata. Eu aprendi técnicas de gestão empresarial, que me ajudaram a ampliar meus negócios.

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E eu também sou agricultora. Após meu divórcio, eu comprei uma terra florestada, limpei e comecei minha própria plantação de cacau. Meu sonho é construir minha própria casa quando a plantação de cacau começar a dar colheitas. Aí eu vou poder fechar este restaurante e viver da plantação de cacau e passar o resto dos meus dias na minha própria casa.

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Agora, o maior desafio é o acesso a financiamento. Eu tenho muitas ideias de negócios, mas não tenho dinheiro suficiente para investir.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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