HOME

Home

DF já teve 6,4 mil pedidos de medidas protetivas por violência doméstica em 2019

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  DF já teve 6,4 mil pedidos de medidas protetivas por violência doméstica em 2019

.

Número é 8,4% maior que registrado no mesmo período do ano passado. Descumprimento das determinações é crime.

.

Por Rita Yoshimine

.

O número de pedidos de medidas protetivas em casos de violência doméstica cresceu no Distrito Federal. Segundo dados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), entre janeiro e maio deste ano, foram 6.409 pedidos, número 8,4% maior que os 5.894 casos registrados no mesmo período do ano passado.

.

.

Pedidos de medidas protetivas crescem no DF — Foto: Reprodução/TV GloboPedidos de medidas protetivas crescem no DF — Foto: Reprodução/TV Globo

.

Em casos de violência doméstica, a Lei Maria da Penha prevê medidas restritivas como suspensão do porte de arma do agressor, proibição de que ele se aproxima da vítima, e até restrição de visitas a filhos do casal.

.

Caso se sinta ameaçada, a vítima pode pedir a medida protetiva à Justiça, que deverá decidir sobre a solicitação em até 48 horas. Dos 12.892 pedidos recebidos no ano passado inteiro, o Tribunal de Justiça do DF concedeu 7.744, deferiu em parte 3.179 e negou 1.969.

.

.

Maioria dos pedidos de medidas protetivas é concedido — Foto: Reprodução/TV Globo

Maioria dos pedidos de medidas protetivas é concedido — Foto: Reprodução/TV Globo

.

Para a juíza Luciana Rocha, coordenadora do Núcleo Judiciário da mulher no DF, os números não refletem aumento na violência, mas maior interesse das vítimas em denunciar os agressores.

.

“De fato, a violência está saindo da invisibilidade. Está sendo rompido o silêncio dessas mulheres que estão procurando a cessação desse ciclo. Então para mim, a violência sempre existiu e está saindo da invisibilidade”, afirma.

.

.

Problemas na fiscalização

.

A medida, no entanto, nem sempre é garantia de proteção às vítimas. Em maio, a gari Jacqueline dos Santos Pereira, de 39 anos, foi assassinada pelo ex-marido, Maciel Luiz Coutinho da Silva, de 41 anos, que a matou e em seguida cometeu suicídio. A mulher tinha uma medida protetiva contra ele.

.

Em abril do ano passado, foi sancionada a lei 13.641, que transformou em crime o descumprimento de medidas protetivas. Nesses casos, o agressor pode ser preso em flagrante. Nos primeiros cinco meses deste ano, 438 mulheres procuraram a polícia para registrar que os acusados não estavam cumprindo as medidas determinadas pela Justiça.

.

Para a presidente da Comissão de Combate à Violência Familiar da Ordem dos Advogados do Brasil no DF, Lúcia Bessa, o governo precisa garantir que essas medidas sejam cumpridas. “O Estado tem que assumir verdadeiramente o seu papel de zelar pela vida das mulheres deste país. E quando o Estado falha, a vida das mulheres é que paga o preço.”

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

HOME