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Deputada estadual alemã é expulsa de plenário por levar seu bebê

Saiu no site G1: 

 

Veja publicação original:  Deputada estadual alemã é expulsa de plenário por levar seu bebê

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Por Rebecca Staudenmaier

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Política leva filho de seis semanas ao parlamento estadual da Turíngia e é proibida de participar de votação. Nos últimos meses, legisladores mundo afora receberam elogios por levarem seus bebês a plenários.

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Uma parlamentar estadual da Turíngia, na Alemanha, foi convidada a deixar o plenário por ter trazido seu filho. Madeleine Henfling, do Partido Verde, tentou participar de uma votação na quarta-feira (29/08) enquanto carregava seu filho de seis semanas num sling, também chamado de canguru.

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O presidente do parlamento estadual da Turíngia, Christian Carius, disse a Henfling que bebês não são permitidos no plenário, de acordo com as regras processuais.

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Ele acrescentou que, para o bem-estar da criança, os parlamentares devem encontrar opções adequadas de cuidados infantis. Atualmente, não há oferta de cuidados infantis no prédio do parlamento estadual da Turíngia, na cidade de Erfurt.

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A sessão foi suspensa por 30 minutos, enquanto o comitê parlamentar consultivo debatia a questão. Em seguida, foi dito a Henfling que ela não poderia ficar dentro do plenário com o bebê.

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“Sinto-me como uma parlamentar de segunda classe só porque tenho um filho para cuidar”, disse Henfling à DW.

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Na quinta-feira, Henfling retornou com o filho ao parlamento. Desta vez, no entanto, trouxe a mãe dela para cuidar do bebê enquanto votava.

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As regras processuais do parlamento estadual da Turíngia não impedem explicitamente crianças ou bebês de estarem presentes no plenário. No entanto, o presidente do órgão estadual deve aprovar todos os visitantes – e Carius negou o pedido de Henfling.

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“Não achava que o presidente Carius fosse ser tão duro e fosse argumentar sobre o bem-estar infantil”, disse a deputada.

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O presidente do parlamento estadual propôs prosseguir com o debate quanto a uma alteração do livro de regras processuais. Henfling, porém, disse que ela e seu partido não pretendem mudar as regras parlamentares neste momento, uma vez que isso iria contra a vontade da oposição na Turíngia.

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Em vez disso, Henfling e o Partido Verde iniciaram uma investigação sobre a possibilidade de levar o caso ao tribunal constitucional do estado, já que ela foi impedida de exercer suas funções como representante eleita.

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“Ninguém quer levar seu filho ao parlamento por nove horas, enquanto ocorrem debates. Mas quero exercer meu direito como parlamentar de votar”, argumentou.

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Em meses recentes, parlamentares em diversos cantos do mundo receberam elogios por levarem seus bebês e também por amamentá-los em parlamentos do Canadá, da Austrália e da União Europeia (UE). Na Alemanha, no entanto, mudanças para dar maior flexibilidade aos pais que trabalham, e particularmente às mães que amamentam – demoram a chegar.

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A decisão do presidente do parlamento da Turíngia foi “infundada e imprudente”, disse Ulrike Helwert, porta-voz do Conselho das Organizações Alemãs de Mulheres, em entrevista à DW.

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“O que obviamente precisamos é de melhores serviços de cuidados infantis, também para pais que trabalham na política ou no parlamento”, argumentou.

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Devido à obrigação de comparecer às sessões plenárias e às votações, os legisladores estaduais, assim como os do Parlamento alemão (Bundestag), não podem usufruir da mesma duração da licença maternidade ou paternidade oferecida aos demais cidadãos do país.

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Tal situação pode deixar os parlamentares com crianças numa posição difícil quando chega a hora de voltar ao trabalho.

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Henfling quer que a discussão desencadeada por seu caso continue. Ela espera conversar novamente com Carius sobre o ocorrido. “Eu simplesmente queria participar da votação. O presidente parlamentar poderia ter concordado”, concluiu.

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