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Atitude surpreendente de atletas contra sexualização inspira mulheres

Saiu no R7

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Ginastas alemãs se apresentaram usando calças como forma de protesto contra o uso dos tradicionais collants sensuais e nada confortáveis

As mulheres são objetificadas na sociedade. Basta analisar, sobretudo a partir dos anos 70, como a sensualidade se tornou objeto de trabalho.

Seja nos comerciais de bebidas alcoólicas, nas feiras de automóveis, nos ensaios fotográficos de revistas, nos mais diferentes sites de notícias, nas redes sociais e até nos esportes, muitas acabam permitindo que seu corpo seja usado como atrativo. Há quem não veja problema nisso, mas tantas outras fazem porque dizem “se sentir obrigadas”.

Neste contexto, o R7 deu uma notícia de esperança na quinta-feira ao mostrar a atitude da equipe de ginástica artística da Alemanha que se apresentou para o treino em Tóquio 2020 usando calças em vez do tradicional collant.

A Federação alemã explicou que elas estão se posicionando contra a sexualização na ginástica e reforçou que tal atitude é essencial para prevenir o abuso sexual.

E não foram apenas elas que se impuseram. Na semana passada, atletas da seleção norueguesa de handebol de praia trocaram o tradicional uso de biquíni por shorts, o que fez com que a Federação fosse punida com uma multa no valor de 1,5 mil euros, cerca de 9,3 mil reais.

A psicóloga Elisangela Lacerda observa que essas reivindicações em torno das roupas das atletas acendem a importância de se discutir o tema. “É um debate muito importante, afinal de contas, as atletas precisam ter o direito de vestir aquilo que se sentem à vontade, sem ficarem expostas visualmente. Elas estão deixando claro que querem mostrar suas habilidades como atletas e esportistas e não ser um objeto de desejo”.

Hoje em dia, a moda grita para a sensualidade. Mas, mostrar o corpo não tem nada a ver com ser elegante. E as atletas também provaram isso.

Dados assustadores

Esse assunto se torna ainda mais importante quando analisamos os números dos casos de assédio. Aqui no Brasil, segundo uma pesquisa feita pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, 97% das mulheres com mais de 18 anos disseram já terem sofrido assédio sexual no transporte público.

Além disso, quase metade das mulheres entrevistadas em uma pesquisa do LinkedIn e da consultoria de inovação social Think Eva revelaram que já sofreram assédio sexual no trabalho. A maioria disse ter tido medo de denunciar, 15% pediram demissão e 5% reportaram o caso.

“Temos um longo caminho a percorrer. O assédio moral e sexual contra as mulheres é latente no transporte público, no ambiente de trabalho e em tantos outros locais. Então, a atitude dessas atletas é um marco importante não só para o esporte”, acrescenta a psicóloga.

Consequências da erotização

A verdade é que quem estimula a sensualização da mulher está contribuindo para que casos de assédio continuem acontecendo. “Porque se chama a atenção masculina da forma errada e, agindo dessa maneira, desperta apenas o interesse sexual, não o de admiração e respeito”, salienta a psicóloga Elisangela Lacerda.

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