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Apenas 10% das meninas de países de baixa e média renda tomam vacina contra HPV

Saiu no site ONU BRASIL

 

Veja publicação original:  Apenas 10% das meninas de países de baixa e média renda tomam vacina contra HPV

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O risco de infecção por HIV entre as mulheres é duplicado quando elas tiveram uma infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). Atualmente, apenas 10% das meninas em países de baixa e média renda acessam a vacina contra o HPV, em comparação com 90% em países de alta renda. O relato é do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS).

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De maneira geral, o risco de infecção por HIV entre as mulheres é duplicado quando elas tiveram uma infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). Foto: UNAIDS

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câncer de colo do útero é o mais comum entre mulheres que vivem com HIV, que são até cinco vezes mais propensas a desenvolver este tipo de câncer na comparação com aquelas que não vivem com o vírus.

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De maneira geral, o risco de infecção por HIV entre as mulheres é duplicado quando elas tiveram uma infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

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A questão foi um dos temas discutidos em eventos sobre câncer de colo do útero na Conferência Women Deliver de 2019, que aconteceu em Vancouver, no Canadá, de 3 a 6 de junho.

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Assim como o HIV, o câncer de colo do útero é uma doença alimentada por desigualdades sociais e de gênero. Essas duas doenças interconectadas expõem as ligações entre desigualdade, injustiça social e saúde.

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Noventa por cento das 311 mil mortes por câncer de colo do útero em todo o mundo ocorrem em países de baixa e média renda, com o maior índice sendo registrado em países africanos subsaarianos, que têm o maior índice de HIV.

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Na Zâmbia, as taxas de câncer do colo do útero são quase dez vezes mais altas do que na Austrália, por exemplo, e as mulheres são dez vezes mais propensas a morrer de câncer cervical no leste e no sul da África do que na Europa Ocidental.

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O câncer de colo do útero é evitável e curável se diagnosticado e tratado precocemente. Métodos eficazes de prevenção do câncer de colo do útero, especialmente a vacina contra o HPV, estão disponíveis, mas não para todos.

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Atualmente, apenas 10% das meninas em países de baixa e média renda acessam a vacina contra o HPV, em comparação com 90% em países de alta renda.

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O aumento da escala está acontecendo e os esforços para prevenir e tratar o câncer de colo do útero estão mostrando resultados dramáticos em áreas onde os programas foram implementados em escala suficiente.

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A Austrália está prestes a se tornar o primeiro país do mundo a eliminar o câncer de colo do útero, implementando com sucesso uma abordagem combinada entre vacinação contra o HPV, o rastreamento do câncer do colo do útero e o tratamento precoce em larga escala.

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Na Escócia, no Reino Unido, onde o programa de imunização foi introduzido há cerca de dez anos, houve uma redução de 90% nas células pré-cancerosas, o que levou a uma redução dramática na doença cervical pré-invasiva.

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“Salvar a vida de uma mulher, garantindo que ela tenha acesso à terapia antirretroviral, mas ainda assim ela morrer de câncer de colo do útero, é inaceitável”, disse Shannon Hader, vice-diretora executiva para Programa do UNAIDS.

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“O enfoque do UNAIDS está em quebrar os silos e construir pontes entre os programas de HIV e câncer de colo do útero, porque sabemos que as sinergias salvam vidas”.

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Apesar do risco elevado de câncer de colo do útero, as mulheres que vivem com HIV não recebem exames regulares ou tratamento para o câncer de colo do útero, mesmo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendando inspeção visual simples e de baixo custo ou métodos simples e efetivos de tratamento precoce.

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De acordo com estudos recentes, apenas 19% e 27% das mulheres que vivem com HIV com idade entre 30 e 49 anos no Malauí e na Zâmbia, respectivamente, já fizeram exames de câncer cervical.

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Um investimento inteligente é integrar os serviços de rastreio e tratamento do câncer de colo do útero nos serviços de HIV e saúde sexual e reprodutiva.

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Os serviços de HIV são pontos de entrada prontos para serviços de câncer de colo do útero de baixo custo e cobertura de serviços de saúde mais amplos para mulheres e meninas.

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Uma importante lição aprendida com a resposta à AIDS é que a sociedade civil e as comunidades devem estar no centro. As redes de mulheres que vivem com HIV, de direitos das mulheres e os movimentos jovens são aliados, segundo o UNAIDS.

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Essas organizações lutaram por uma resposta à AIDS baseada em direitos humanos, justiça social, saúde e direitos sexuais e reprodutivos, e podem mobilizar, defender e criar demanda por serviços.

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A sociedade civil também deve ajudar a acabar com o estigma e a discriminação, inclusive em contextos de saúde. As comunidades também podem fornecer serviços diretos para HIV, câncer de colo do útero e outras doenças.

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A responsabilidade compartilhada, a liderança e domínio do país são críticas, segundo o UNAIDS. Com esforços coletivos de governos, comunidades, doadores, setor privado, inovadores e pesquisadores, importantes sinergias podem ser feitas e vidas salvas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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