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9 corredoras de primeira linha do atletismo em Goiás e no país

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Apesar das dificuldades, as atletas apostam que têm chance de brilhar nas Olimpíadas O post 9 corredoras de primeira linha do atletismo em Goiás e no país apareceu primeiro em Jornal Opção.

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Por Felipe Cardoso Teixeira

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Apesar das dificuldades, as atletas apostam que têm chance de brilhar nas Olimpíadas

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No país do futebol, correr desacompanhado de uma bola não é tarefa fácil. No Brasil, os “barrigas verdes” do esporte sofrem com a falta de incentivos, investimentos e reconhecimento. Esse cenário muitas vezes contribui para que diversos talentos passem despercebidos, sejam escanteados, ou simplesmente busquem outras oportunidades de sucesso na vida.

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Porém, muitos dos jovens atletas brasileiros não desistem de correr —literalmente— atrás de seus sonhos e, apesar do escasso combustível, se preocupam em manter viva a esperança de um futuro promissor no mundo do esporte. É o caso de várias goianas. São mulheres que buscam no atletismo dias melhores. A prática dessa modalidade requer resistência, força e perseverança, mas nem essas dificuldades foram suficientes para tornarem o atletismo uma segunda opção na vida de cada uma delas.

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Quase todas as entrevistadas conheceram o atletismo por meio de campeonatos escolares. A princípio, isto leva a pensar que se vive no melhor dos mundos quando o assunto é incentivo. Mas não é por aí. Ao serem questionadas sobre o futuro no esporte, apesar de sonharem alto —querem se tornar atletas olímpicas— , não há como esconder o desânimo ao considerarem a valorização profissional dessas atletas no país. Uma delas pontua que “o atletismo é um esporte sofrido”.

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Apesar do cenário não ser o mais favorável, para o Estado não faltam motivos para sorrir. Certamente, quando se tocar neste assunto no futuro, alguns nomes da lista a seguir estarão consagrados. Nesse esporte, a entrada pode ser fácil, mas a permanência é difícil. Mas se o futuro depende daquilo que se planta no presente, os nomes abaixo representam um futuro pujante para o atletismo goiano, brasileiro e mundial.

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Andrielly Lorrany da Silva Avelar

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A anapolina Andrielly Lorrany da Silva Avelar, de 20 anos, começou há sete anos e conheceu o esporte graças a escola municipal no qual estudava. “Eu jogava futebol nas competições de Anápolis, mas, depois que participei de uma disputa de atletismo, eu nunca mais cogitei a possibilidade de voltar a jogar futebol.” Hoje, a estudante do 4° período de Farmácia já não se imagina vivendo sem os treinos e as competições. “Perdi as contas de quantas medalhas eu tenho. Deve ser algo em torno de 150.”

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Orgulhosamente, Andrielly Lorrany conta que já foi homenageada com um troféu de Atleta Destaque pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em 2015.  Atualmente, é campeã goiana dos 400m. É também a 1ª colocada nos jogos abertos de Goiás nas provas 200, 400, 4×100 ,4×400 em 2018.

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Andrielly Lorrany está classificada atualmente em 3° lugar nos 400m da disputa Centro-Oeste, realizada na cidade de Belo Horizonte, em 2017. Ela é recordista no Estado com o melhor tempo dos 200m: 00:25:39.

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Edinalva de Medeiros Silva

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Ednalva de Medeiros Silva começou a correr há três anos, conheceu o atletismo por meio dos jogos escolares. “Nessas competições, um professor me descobriu e percebeu que eu tinha potencial para continuar disputando.” Há dois anos, faz parte de uma equipe de atletismo de Anápolis e atualmente é campeã goiana na categoria sub16 dos 1500m.

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“O atletismo me ajuda tanto na forma física quanto na motivação. Não consigo explicar a emoção que sinto ao correr, muito menos a felicidade ao ganhar.” A corredora, que está no primeiro ano do ensino médio e já possui mais de 60 medalhas, pretende alcançar o mundial um dia. Quando concluir seus estudos, quer cursar educação física para se tornar professora e treinadora de outros atletas. “Gostaria de incentivar os mais jovens a participarem dos campeonatos.”

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Greyciane Rayla Gomes da Silva

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Greyciane Rayla começou a correr há quatro anos, mas confessa que não levava os treinamentos a serio. “Mesmo sem me dedicar tanto, o meu professor sempre me observava e dizia que eu era uma menina muito rápida.” Ela conta que nem sempre a mãe foi conivente com a escolha. “Minha mãe achava que eu deveria fazer ballet ou algo mais feminino, mas o atletismo nunca saiu da minha cabeça.”

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Atualmente, a jovem de 16 anos é campeã dos Jogos Abertos e do Campeonato Goiano na categoria salto em distância. Ela, que já disputou um campeonato brasileiro na Paraíba, sonha um dia representar o país em disputas internacionais. “Quero chegar às Olimpíadas e, para isso, treino religiosamente todos os dias”. Para ela, a sensação de correr é indescritível. “Quando coloco os meus pés na pista, meus problemas desaparecem.”

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 Jecilene Miranda da Silva

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Após ter sido aprovada em um processo seletivo da escola em que estudava, Jecilene Miranda da Silva iniciou os treinamentos no Projeto Zatopek — atualmente conhecido como Azápolis — e foi aí que se apaixonou verdadeiramente pelo esporte. “Hoje eu participo de campeonatos regionais e nacionais. Há pouco tempo, representei Goiás em uma disputa em Belo Horizonte.” A atleta, campeã dos 100m na categoria sub23, tem 20 anos de idade e treina há sete.

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Jecilene Miranda diz que “pegou amor” pela profissão e percebe que serve de inspiração para outras pessoas que pretendem seguir os mesmos caminhos. “Quero ir longe, representar o Brasil em grandes competições mundiais.” Jecilene Miranda conta que a família apoia sua dedicação ao esporte e que “está sempre torcendo por mim, me ajudando inclusive com as despesas. Nem sempre as nossas passagens e demais custos com o deslocamento recebem financiamento.”

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Joyce Landim

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A acadêmica de enfermagem Joyce Landim está concluindo seu curso pela Universidade Federal de Goiás e foi lá que descobriu sua paixão pelo atletismo. “Comecei a treinar para ganhar os jogos internos da UFG. A coisa tomou proporção e hoje sou tricampeã e recordista do campeonato.” Ela considera que sua carreira está em evolução e que vive o auge. “Treino seis vezes por semana e o meu único dia de folga é no domingo.” Joyce ressalta que, quando se classificou para disputar o campeonato brasileiro, sentiu que deveria treinar com mais seriedade. “Até então era só um hobby.”

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Para Joyce Landim, que sempre teve uma ligação muito forte com o esporte, o atletismo faz parte de seu cotidiano. Ela pertence à Associação de Atletismo Raios, cujo objetivo é promover e disseminar a modalidade no âmbito estadual. “Queremos que isso chegue às pessoas. A nossa ideia é que o atletismo seja um esporte de referência em Goiás e que tenha tanta visibilidade como o futebol.” A corredora é patrocinada pela A2 FIT Academia e Moving Fisioterapia.

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Lindsey Hanlet Barboza Lopes

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Lindsey Hanlet, de 15 anos, caçula das entrevistadas, conta que estava disputando os jogos internos do Colégio da Polícia Militar de Goiânia quando seu atual treinador a viu competindo. “Ele gostou muito do meu resultado e me chamou para a sua equipe. Desde pequena minha mãe sempre dizia que eu tinha talento; pensando nisso, aceitei.” Lindsey considera que, apesar dos resultados, tudo ainda está muito recente em sua carreira. “Comecei a obter resultados significativos este ano. Hoje, sou 6ª colocada nos 800m do campeonato brasileiro com a marca de 2:24:30. Além disso, sou a campeã goiana, classificada em 5° lugar no brasileiro da categoria sub18.”

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Para ela, os títulos são resultados de um esforço de quem quer chegar longe. “Sonho em me tornar uma campeã olímpica. Me sinto muito feliz por fazer o que eu amo e acredito que tenho potencial para continuar treinando até alcançar esse objetivo.” Lindsey pertence à equipe Águia, considerada a melhor do Estado de Goiás.

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Rainara Brito da Silva Santos

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A estudante de Educação Física Rainara Brito relata que, ainda no colégio, participou de uma disputa de atletismo e conseguiu se classificar em 3° lugar em sua primeira experiência. “Foi aí que me convidaram para completar uma equipe do município de Anápolis.” Quando surgiu a oportunidade de disputar um campeonato brasileiro, a corredora começou a se dedicar com mais seriedade aos treinamentos. Apesar de seu talento, Rainara Brito reconhece a importância do apoio de seus pais e de seu treinador para que continue disputando.

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“São eles que me fazem persistir. Meu treinador é como um pai para mim. Eles sempre acreditaram no meu potencial e, mesmo quando não me dedicava aos treinamentos, me diziam que um dia me tornaria uma grande atleta”, conta. Aos 19 anos, é a 7ª colocada do ranking brasileiro da categoria sub20, atual campeã goiana dos 5 mil metros, 3ª colocada no troféu Centro-Oeste 2018, possui 14 troféus e mais de 110 medalhas. “O atletismo é um esporte muito sofrido. A pessoa tem que se esforçar muito para conseguir o seu espaço.”

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Vanessa Sousa Santos

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A corredora Vanessa Sousa Santos treina na Associação de Corredores de Porangatu (ACOP) há três anos. “Minha irmã me convidou e inicialmente eu não queria, mas ela insistiu até que comecei a frequentar os treinamentos. De lá para cá, nunca mais pensei em parar.”  No ano passado, Vanessa começou a se dedicar mais intensamente e, apesar das dificuldades, treina todos os dias para participar das competições como atleta de alto rendimento. “Quero me dedicar ao atletismo por toda minha vida.”

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Neste ano, Vanessa alcançou importantes títulos do atletismo goiano. Em sua categoria, Sub18, ela é medalha de ouro nas disputas de 3 mil metros e 1.500m  —pelo campeonato goiano—. No Sub20, foi ouro nos 1.500m. No Sub23, ouro nos 5 mil metros. Apesar de ter apenas 15 anos de idade, a atleta já competiu na categoria adulto, onde conquistou medalha de ouro nos 800m rasos.  A corredora pertence ao ranking das 20 melhores do país nas provas que participa.

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Yara Pereira de Carvalho

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Aos 16 anos, Yara Pereira de Carvalho adquiriu suas primeiras experiências como competidora no campeonato escolar de corrida de rua. Após perceberem sua capacidade, a atleta foi convidada para fazer parte da equipe Azápolis. Ela conta que já participou do campeonato goiano e Centro-Oeste. “Corro há seis anos. Sou bicampeã do sub18 no campeonato goiano dos anos de 2016 e 2017.” Para ela, além das várias conquistas, o esporte também proporciona mais saúde, disposição e contribui para ampliar e fortalecer o relacionamento com as pessoas.

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Yara Pereira guarda com carinho cada uma de suas medalhas. “São mais de 110.” Apesar da grande paixão pelo atletismo, não nega que a valorização profissional é desanimadora. “O retorno financeiro é muito baixo e os atletas quase não conquistam o devido reconhecimento”, lamenta. A corredora, natural do município de Porangatu, cursa o segundo ano do ensino médio em Anápolis. Para o futuro, considera a possibilidade de cursar Educação Física. “Quero continuar me dedicando aos campeonatos e me tornar uma treinadora no futuro. Se isto acontecer, quero transmitir tudo o que aprendi para as futuras gerações.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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