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‘Salvei a vida do meu agressor’, diz salva-vidas agredida ao resgatar vítima de afogamento

Saiu no site METRÓPOLES

 

Veja publicação original: ‘Salvei a vida do meu agressor’, diz salva-vidas agredida ao resgatar vítima de afogamento

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“Foi horrível. Depois de tentar me agredir várias vezes ele quase quebrou um carrinho de açaí, estava muito louco. O tenente da PM se acidentou ao vir conferir a ocorrência, deu tudo errado”.

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Quem lamenta o fato é Laís Martins, 25 anos, salva-vidas temporária na badalada Itamambuca, Ubatuba (SP). Agredida pela vítima que salvara, a instrutora de Yoga em Itapira, interior paulista, nunca imaginou tal situação.

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O fato ocorreu ainda em 2018, no último sábado de dezembro, 29. Na ocasião, Laís estava de folga apreciando um pastel. “Foi no final do dia, por volta das 17h, quando notei que três adolescentes tentavam retirar o homem da água”.

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Visivelmente bêbado, o rapaz tentou agredir a salva-vidas pela primeira vez com um soco na cara, quando ainda estavam dentro d’água e ela tentava colocar o flutuador no lunático.

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“Na areia ele gritava dizendo que eu era mentirosa e que não precisava ser salvo. Mas, mal conseguia parar em pé. Foi horrível, muita gente tentou me ajudar na hora. Ele partiu pra cima do moço que vendia açaí, uma confusão geral”.

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Quando pergunto a Laís se ela já havia passado por algo do tipo ela nega, mas relembra outro caso curioso. “Quando alcancei a vítima, um rapaz já em desespero, ele gritou: Meu Deus é uma mulher! Como ela vai me salvar?”, conta ela em tom bem humorado.

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Abalada emocionalmente com a situação, Laís conta que foi difícil levantar da cama no dia seguinte. Ela diz que se sente culpada pelo fato de o tenente da Polícia Militar, Danilo Pisaneschi ter se acidentado ao tentar acompanhar a ocorrência.

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Após a agressão, o homem foi obrigado a comparecer à delegacia. Ele foi acompanhado de um amigo, que segundo testemunhas também estava bêbado. Os dois se dirigiram à delegacia distante cerca de 15km do local da infração, conduzindo o próprio veículo.

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Na delegacia, mais uma surpresa. “O delegado não quis registrar  boletim de ocorrência, disse que a delegacia estava cheia e que eu voltasse outra hora”, finaliza Laís.

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Violência contra a mulher no Brasil

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Ministério dos Direitos Humanos (MDH) divulgou o balanço do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, com dados referentes ao período de janeiro a julho de 2018.

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De acordo com o órgão, foram registrados 27 feminicídios, 51 homicídios, 547 tentativas de feminicídios e 118 tentativas de homicídios.

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No mesmo período, os relatos de violência chegaram a 79.661, sendo os maiores números referentes à violência física (37.396) e violência psicológica (26.527).

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