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Trinta casos de feminicídio registrados, só este ano, no Maranhão

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Veja publicação original:   Trinta casos de feminicídio registrados, só este ano, no Maranhão

Por LILIANE CUTRIM

 

 

Segundo a titular da Delegacia da Mulher, esse número ainda pode aumentar.

 

Segundo Wanda Moura, a incidência desse tipo de violência é fruto de uma cultura machista preservada em nossa sociedade, sendo necessário desconstruir essa cultura. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – Trinta! Esse é o número de casos de feminicídio registrados, só este ano, no Maranhão. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (8), pela delegada Wanda Moura Leite, que é titular da Delegacia da Mulher (DEM), em São Luís.

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A delegada, em entrevista à rádio Mirante AM, falou da importância de classificar o crime corretamente, para que os dados sobre esse tipo de violência sejam mais concretos.

“Ao instaurar o inquérito policial, quem preside a investigação tem que fazer a tipificação correta do crime como feminicídio e não simplesmente como homicídio. Enquanto que o homicídio, na maioria das vezes, decorre da violência urbana, o crime de feminicídio é praticado pelo simples fato da vítima ser mulher, ou porque o agressor quer estuprar, porque tem ciúmes… É uma circunstância qualificadora que deve ser levada em consideração”, explica.

Ainda segundo Wanda Moura, a incidência desse tipo de violência é fruto de uma cultura machista preservada em nossa sociedade, sendo necessário desconstruir essa cultura. “A mulher tem que passar a ser vista como sujeito de seus próprios direitos e não como objeto ou uma coisa”, defende.

A delegada ressalta que há outros casos de mortes de mulheres, em 2017, que ainda não passaram pela tipificação final, podendo ser classificados como feminicídio. Com isso, os números desse tipo de crime podem aumentar, superando os 30 casos registrados este ano.

“São crimes hediondos, são chocantes e que precisam de uma reprimenda maior do Estado. Por isso, de 10 a 13 deste mês será promovida a I Semana de Combate ao Feminicídio no Maranhão. A gente convida a sociedade para esse debate, para que revejamos os nossos conceitos e mudemos nossas posições. É preciso construir uma cultura de paz e igualdade de direitos”, ressalta a delegada.

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