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Rondônia é o 3º estado que mais estupra mulheres em todo o país, afirma promotor de Justiça Heverton Aguiar

Saiu no site RONDO NOTÍCIAS

 

Veja publicação original: Rondônia é o 3º estado que mais estupra mulheres em todo o país, afirma promotor de Justiça Heverton Aguiar

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Em entrevista ao programa, promotor de justiça revelou também que o estado ocupa 4ª posição no índice de violência contra a mulher

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O Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista, advogado e diretor do Rondonoticias Arimar de Souza Sá, que vai ao ar ao vivo de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas em Porto Velho pela Rádio Caiari 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, recebeu nessa terça-feira (13), o promotor de Justiça do Ministério Público de Rondônia, Heverton Aguiar.

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No programa o promotor, falou sobre a Violência contra a Mulher e trouxe índices trágico que mostram que atualmente Rondônia é o 4º estado que mais registra crimes de violência contra a mulher no país, e o 3º que mais estupra mulheres no Brasil.

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Também de acordo com a estatística apresentada pelo promotor, em 2016, Porto Velho registrou 15 feminicídios e em 2017 foram 10. Já em 2018, doze casos ocorreram e só em 2019 já são 12 feminicídios registrados até o dia 30 de julho.

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Nas duas Varas de Violência Doméstica, aproximadamente 8.500 processos estão em tramite; além de cerca de 3 mil inquéritos policiais; e 1.268 MPU´s (Medidas Protetivas de Urgência) registradas até o ano passado.

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Fatores

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Uma das principais causas para o crime, na análise do promotor, é a masculinidade tóxica, que vem desde a criação do homem que é culturalmente criado com estereótipos que levam ao machismo exacerbado.

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A culpalidade, complementou, não é exclusividade dos homens, mas também de mulheres, que criam seus filhos estimulando essa toxicidade na masculinidade que leva à uma falta de respeito e consequentemente violência contra a mulher.

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“De maneira geral, é isso. O que leva a violência contra a mulher: a falta de respeito. E essa falta de respeito ela oriunda dessa imposição de estereótipos para o homem e para a mulher, que deve ser enfrentado como um fenômeno social”, reforçou.

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A dependência financeira da mulher, também é, na avaliação do promotor, outro fator que leva à manutenção da mulher no ciclo de violência.

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“Mas não são só estes problemas, temos outro ainda maior, que é a violência psicológica onde a mulher passa a ter uma dependência emotiva em relação ao homem e também precisamos enfrentar isso como um problema de saúde pública”, complementou.

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Neste sentido, ele acrescentou que a agressão física é pressentida quando houve uma violência psicológica anteriormente.

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“A violência tem uma escala, e o início dela é a psicológica, que se não cessada, chega a física e ao feminicídio, que tem tido um índice crescente não só no estado, mas em todo o país”, explanou, questionando em seguida: será que é o direito penal que vai resolver isso? Respondendo em seguida: “claro que não! É caso de Polícia também, mas o direito penal não é o remédio para solidificar esse mal”, disse, acrescentando que “tanto o agressor quanto a vítima precisam ser tratados, pois ambos estão adoecidos”.

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Respeito mútuo

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Para que a relação seja sólida e saudável, Heverton Aguiar voltou a frisar que o homem tem de entender que uma relação tem de ser edificada sob o respeito mútuo, ou seja, ocorrer de uma forma que, quando se olha para aquela pessoa com que se convive, ela também se reconheça como importante.

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“Esse equilíbrio faz com que cada conviva sabendo o seu grau de importância, sem um estar sub-julgando o outro. Essa história que eu sou o homem, e sou o chefe da família, não é verdade”, disse.

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Neste sentido, o promotor reforçou que, para se encontrar as causas da violência doméstica, é importante que se olhe para a família.

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seguindo a linha de raciocínio, baseado nos índices nacionais de 2018 que mostram o registro de mais de 64 mil homicídios no Brasil, o promotor complementou: “a violência urbana, é gerada da intolerância, que, segundo a ONU, é reproduzida da convivência familiar oriunda do desrespeito. E o estado precisa trazer para si este problema. Precisamos de políticas públicas conscientes que a violência contra a mulher adoece a própria sociedade”, avaliou.

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Perguntado sobre o que o Ministério Público (MP) tem feito para solucionar essa questão, o promotor respondeu que o MP tem feito várias ações através de palestras em comunidades de várias regiões, bairros, Escolas, instituições falando sobre o empoderamento feminino, conscientização e outros temas.

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Ressocialização

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Retomando sobre os 8.500 processos que tramitam nas Varas de Violência contra a Mulher o promotor voltou a questionar: “Mas vai resolver o que colocarmos 8.500 homens na cadeia? Nada! Precisamos que esses homens olhem pra si, se reconheçam como agressor e queiram mudar. E não vai ser no Panda que ele vai conseguir isso, muito pelo contrário. Lógico que tem de sofrer a sansão, mas de forma paralela”, explanou, complementando que, somente o Judiciário tem um projeto neste sentido chamado Projeto Abraço, que cumpre um papel que deveria ser do Executivo, mas com bons resultados, entretanto, é limitado à capital e precisa ser bem maior.

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Por outro lado, afirmou Heverton Aguiar, a visibilidade em relação à violência contra a mulher tem sido maior, porém não tem feito com que estão culturalmente formados, mudem sua forma de pensar.

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Em relação ao crescimento de denúncias sobre o tema, o promotor atribui o aumento ao fato da abertura maior de espaço tanto na mídia que criam conscientização que tem estimulado muitas mulheres e a sociedade no sentido de denunciar.

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No A Voz do Povo, o promotor também respondeu a perguntas dos ouvintes como: Medida Protetiva; tirou dúvidas; orientou; e detalhou especificidades sobre o tema e outros assuntos, finalizando com a seguinte frase: “Que todos nós, tenhamos o sentimentos de pertencimento à causa da mulher”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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