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Renner qualifica turmas de refugiadas sobre varejo e vendas e costura

Saiu no site CORREIO BRAZILIENSE

 

Veja publicação original:  Renner qualifica turmas de refugiadas sobre varejo e vendas e costura

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Depois de São Paulo, instituto da rede de lojas forma uma turma de mulheres imigrantes em Belo Horizonte e outra no Rio de Janeiro. Elas aprendem sobre varejo e vendas e costura

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Por Paula Pacheco

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Nos últimos anos, o Brasil se tornou uma alternativa para muitos refugiados, de diferentes continentes, seja por causa de guerras internas, questões climáticas, políticas, seja para fugir da fome.

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Segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), que integram o relatório “Refúgio em Números’, até o fim de 2017, o Brasil havia recebido um total de 10.145 refugiados de diferentes nacionalidades (reconhecidos pelo governo brasileiro). Quando se soma os que pediram refúgio e ainda estão à espera de decisão, esse número chega a quase 100 mil.

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Além das organizações não governamentais, a iniciativa privada tem aderido a programas para incluir esses estrangeiros no mercado de trabalho local. Um grupo de refugiados, formado predominantemente por mulheres, concluiu ontem, em Belo Horizonte, um curso promovido pelo Instituto Lojas Renner, braço social da maior varejista de moda do país.

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Os 30 participantes, que receberam formação em atendimento e vendas para o varejo, foram treinados durante seis semanas e tiveram 175 horas de aulas. São refugiados de Cabo Verde, República Democrática do Congo, Gabão, Senegal, Guiné-Bissau, Venezuela e Haiti, que contaram com o apoio do Instituto Aliança, do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados e da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

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O programa Empoderando Refugiadas, do Instituto Lojas Renner, foi lançado em 2016, e é voltado à qualificação de mulheres, prioritariamente, e imigrantes no setor têxtil, tanto na área de vendas no varejo quanto na produção de peças. O público feminino é o foco porque tem a ver com o perfil de consumidores e de funcionários da companhia – 66% são mulheres, segundo dados de 2017. Com a formação, esses estrangeiros aumentam as chances de entrar no mercado de trabalho local.

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Diretor executivo do Instituto Lojas Renner, Vinicios Malfatti conta que, entre 2016 e 2017, o programa formou em São Paulo cerca de 120 refugiados, grande parte mulheres. Em 2018, houve a decisão de levar o projeto para Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Ao longo do ano, concluíram os cursos mais 120 alunos, distribuídos por cinco turmas. “Ampliamos o atendimento também por conta de a crise migratória ter alcançado proporções cada vez maiores, especialmente na Venezuela”, explica.

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No curso voltado ao varejo e vendas, os refugiados aprendem sobre apresentação e reposição de produtos, formas de pagamento, contato com clientes e informação de preços, além de orientações sobre informática, empreendedorismo, saúde e segurança no trabalho. Já o treinamento em costura é mais técnico, mas também inclui noções sobre como abrir o próprio negócio. “Também abordamos aspectos culturais, mostrando como o brasileiro funciona e como essas pessoas podem se inserir no mercado de trabalho”, diz Malfatti.

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Segundo o diretor executivo do instituto, o projeto, apesar de ter pouco tempo, já vem trazendo resultados para quem participou. Há casos de participantes que estão cursando o ensino superior, conseguiram se inserir no mercado de trabalho e, graças a isso, puderam trazer seus filhos, ainda no país de origem, para o Brasil.

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“Há refugiados com uma, até duas faculdades, que chegam ao Brasil e têm de começar uma nova história. Eles chegam e encontram o desafio cultural, já que estão em um outro país. Nos últimos anos, tem também o problema do mercado de trabalho brasileiro, que passa por dificuldades. Por isso esse tipo de apoio pode fazer a diferença”, afirma o executivo.

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Quem passa pelos cursos pode ter a chance de conseguir um emprego em uma das empresas da Renner ou ser encaminhado para uma vaga por um dos parceiros do instituto.

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O Instituto Lojas Renner foi fundado em 2008 e até hoje investiu cerca de R$ 48 milhões para dar protagonismo econômico e social às mulheres na cadeia de valor têxtil. Com esses recursos, tem sido possível apoiar até hoje cerca de 750 projetos, abrangendo 182 mil pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

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