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ONU Mulheres ouve ativistas negras sobre formas de o Brasil atingir objetivos globais

Saiu no site ONU BRASIL: 

 

Veja publicação original: ONU Mulheres ouve ativistas negras sobre formas de o Brasil atingir objetivos globais

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Até sexta-feira (27), a ONU Mulheres compartilhará visões de 11 especialistas negras sobre temas como violência contra as mulheres negras; racismo nas cidades; mídia; trabalho decente e crescimento econômico; entre outros; e formas de o Brasil atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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A ação digital #MulheresNegrasNosODS foi desenvolvida pela ONU Mulheres Brasil em parceria com o Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030 e apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos.

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Sob o lema “Não deixar ninguém para trás”, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável traz desafios para governos, sociedade, empresas e universidades para tomar iniciativas que transformem realidades excludentes por meio da distribuição equitativa de oportunidades e riquezas para todas as pessoas.

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Os avanços feitos até agora rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e em meio à Década Internacional de Afrodescendentes foram analisados por especialistas negras a partir da indicação de oportunidades e desafios nas questões de gênero e raça no Brasil.

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Ao longo desta semana, de 23 a 27 de julho, a ONU Mulheres compartilha visões de 11 especialistas negras por meio da ação digital #MulheresNegrasNosODS, desenvolvida pela ONU Mulheres Brasil em parceria com o Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030 e apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos.

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“A sociedade civil é um dos agentes estratégicos para a Agenda 2030 num contexto amplo de parcerias. Para fazer acontecer a Agenda 2030 no Brasil, visões e trabalho integrado com o movimento de mulheres negras e especialistas negras são importantes para fazer avançar a implementação dos ODS”, disse Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil e coordenadora do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil.

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Segundo ela, o trabalho integrado com o movimento de mulheres negras também é importante para o alcance do plano de ação da Década Internacional de Afrodescendentes, com foco nas realidades e nos problemas nacionais, tendo como objetivo encontrar soluções que transformem a vida de brasileiras e brasileiros até 2030.

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Durante a semana, nove ODS serão abordados, como forma de lembrar o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Os temas serão expostos a partir dos conhecimentos de Ângela Gomes, do Movimento Negro Unificado; Carla Akotirene Santos, assistente social e pesquisadora; Fernanda Bairros, nutricionista e professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Juliana César Nunes, jornalista; Lúcia Xavier, assistente social e integrante do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030.

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Outras participantes incluem Maria Inês Barbosa, coordenadora de Programa de Gênero, Raça e Etnia do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM); Suelaine Carneiro, socióloga e mestra em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Tânia Palma, assistente social e ex-ouvidora da Defensoria da Bahia; Tatiana Nascimento, poeta e fundadora do Coletivo Padê Editorial; Valdecir Nascimento, da Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras; e Vilma Reis, socióloga e ouvidora externa da Defensoria Pública do Estado da Bahia.

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Os posicionamentos e as sugestões foram coletados durante a Jornada Formativa Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, promovida pela ONU Brasil e ONU Mulheres em parceria do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, com base no alinhamento entre o manifesto da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver e dos ODS.

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Dentre os temas abordados pelas especialistas negras, estão violência contra as mulheres negras; racismo nas cidades; mídia; trabalho decente e crescimento econômico; saúde da população negra; participação política e democracia; acesso à justiça e encarceramento de mulheres negras; segurança alimentar e nutricional; saberes tradicionais e biodiversidade.

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De acordo com Vilma Reis, “a Década Internacional de Afrodescendentes é um chamado para continuar a caminhada após a Conferência de Durban contra o Racismo e a Discriminação Racial”. “O tipo de aliança que se busca é para saber como quebrar o ciclo de vulnerabilidade da população negra e quais respostas serão construídas para dentro do país. Os movimentos estão atuando no país, mas nós precisamos de retaguarda”.

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Para Fernanda Bairros, os ODS demandam proximidade com o movimento de mulheres negras. “Os dados mostram que, mesmo com melhor renda, as mulheres negras ainda têm maior insegurança alimentar. Precisamos discutir os ODS por meio de uma agenda com o movimento de mulheres negras para a segurança alimentar, para que se possa pensar estratégias para enfrentar esse cenário”.

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Lúcia Xavier considera a importância da defesa pública em favor dos direitos humanos das afro-brasileiras. “Romper com o racismo significa mostrar a capacidade política das mulheres negras. É fundamental dar suporte e financiar as ações das mulheres negras e comunicar sobre como vivem”.

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“A ONU precisa trazer de volta um patamar de direitos que fale da participação da mulher, do direito humano como base para o desenvolvimento sustentável, com respeito ao meio ambiente e dizer que a miséria não pode ser a base da riqueza do país. Atuar na contramão do retrocesso, colocar essas questões na pauta do dia e lembrar o Brasil dos compromissos internacionais que assumiu”, concluiu.

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