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ONGs organizam vaquinha para proteger mulheres e pessoas LGBT

Saiu no site METRÓPOLES

 

Veja publicação original:   ONGs organizam vaquinha para proteger mulheres e pessoas LGBT

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A campanha #NinguémFicaPraTrás pretende arrecadar R$ 250 mil para cinco entidades no Brasil

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Por Leilane Menezes

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Diante de relatos sobre ataques a mulheres, pessoas LGBT, negros e outras minorias atribuídos a apoiadores de Jair Bolsonaro, ONGs organizaram-se para proteger as vítimas. A campanha #NinguémFicaPraTrás pretende arrecadar R$ 250 mil, inicialmente, para fortalecer a atuação de cinco entidades.

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Para doar, basta acessar o site. É possível contribuir com a partir de R$ 20. Doações acima de R$ 150 dão direito a recompensa surpresa.

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Dez grupos assinam o texto de apresentação da campanha, entre eles o All Out, a Rede Feminina de Juristas, o Nossas e a página Quebrando o Tabu.

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“Somos organizações, cidadãs e cidadãos preocupados com o que a vitória de Bolsonaro significa para o país. Preocupados mais ainda com o que essa vitória significa para os grupos que já são alvos de crimes de ódio, que já estão se intensificando. Entendemos que o mais importante no momento é fortalecer essa resistência, de quem está na ponta, na luta diária contra o preconceito e a intolerância. Somos muitos e somos maiores que o ódio”, explicam.

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Caso a arrecadação ultrapasse a primeira meta, outras cinco instituições serão beneficiadas.

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Conheça as entidades apoiadas:

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– A Casa 01 é um centro de acolhimento no centro de São Paulo para jovens LGBTs expulsos por suas famílias e em situações extremas de violência psicológica. A estadia dos acolhidos costuma ter três meses e pode ser estendida. A casa também funciona como centro cultural e tem uma programação diversa.

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Como vai usar os recursos: com aluguel de um escritório próprio.

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– O coletivo presta assessoria popular a movimentos sociais e grupos organizados que resistem a processos violentos de marginalização e exclusão. As áreas de atuação envolvem o direito à cidade e à moradia, os direitos de comunidades tradicionais, dos quilombolas, das mulheres e da população LGBTQI.

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Como vai usar os recursos: com custos de operação e translado de voluntários.

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– O Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças, no bairro de Peixinhos, em Olinda, desde 1986 contribui com a melhoria da qualidade de vida das crianças, adolescentes, jovens e mães vítimas de violência urbana, dando atendimento integral às crianças, adolescentes, jovens e famílias

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Como vai usar os recursos: com a compra de mantimentos, equipamentos, transporte para eventos e material de divulgação.

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– Casinha é um centro de referência, cultura e acolhida para jovens LGBT em situação de vulnerabilidade ou violência familiar no Rio de Janeiro. Ela oferece atividades educacionais e culturais, recuperação psicossocial, moradia, suporte de psicólogos, médicos e assistentes sociais voluntários.

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Como vai usar os recursos: Com mantimentos, gastos com energia, água, saneamento e auxílio de custo para uma assistente social.

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– A AMAC promove rodas de conversa itinerantes, eventos e oficinas para mulheres vítimas de violência doméstica na Baixada Fluminense. Ela traz mulheres ao lugar de protagonismo social e familiar, inserindo-a no mercado de trabalho e desenvolvendo as localidades em que residem.

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Como vai usar os recursos: Com aluguel, traslado de voluntários, mantimentos, e acabamento da sede própria.

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A origem do medo
Levantamento inédito realizado pela agência Pública em parceria com a Open Knowledge Brasil revelou que houve pelo menos 70 ataques a minorias relacionados à política, em um período de 10 dias, em outubro.Entre os casos contabilizados pela reportagem da Pública, 14 aconteceram na região Sul, 33 na região Sudeste, 18 na região Nordeste, 3 na região Centro-Oeste e 3 na região Norte.

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Em São Paulo, uma travesti foi morta durante uma briga na madrugada de 16/10, no Largo do Arouche, centro de São Paulo. Na ocasião, duas testemunhas afirmaram ter ouvido gritos de “Bolsonaro” e “ele sim” enquanto homens esfaqueavam a vítima.

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Um dos casos de violência de maior comoção foi o de mestre Moa do Katendê, morto com 12 facadas por um apoiador do presidente eleito, após ter declarado voto no concorrente petista, em 8/10.

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À época dos ataques, Bolsonaro disse lamentar os episódios, mas não ter controle diante da situação. “Será que a pergunta não tem que ser invertida não? Quem levou a facada fui eu. É um cara lá que tem uma camisa minha, comete um excesso, o que eu tenho a ver com isso? Eu lamento, peço que o pessoal não pratique isso, mas eu não tenho o controle”, afirmou ao ser questionado sobre atos de violência cometidos em seu nome.

 

 

 

 

 

 

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