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Número de medidas protetivas na Justiça para mulheres vítimas de agressão aumenta 84,61% em Campinas

Saiu no site G1:

 

Veja publicação original: Número de medidas protetivas na Justiça para mulheres vítimas de agressão aumenta 84,61% em Campinas

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Dados obtidos pela EPTV são do Tribunal de Justiça de São Paulo, e se referem aos meses de janeiro a maio em comparação com o mesmo período de 2017.

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O número de mulheres violentadas em Campinas (SP) que conseguiram medidas protetivas contra seus agressores aumentou 84,61% nos primeiros cinco meses desse ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Os dados são do Tribunal de Justiça de São Paulo e foram obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo.

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Foram 432 medidas de proteção de janeiro a maio de 2018. No ano passado, foram 234 no período, e 498 até dezembro. A decisão judicial a favor das vítimas é garantida pela Lei Maria da Penha, e assegura a proteção delas e de suas famílias, sob pena de prisão do agressor.

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Mulher conta agressão sofrida pelo companheiro antes de obter medida protetiva em Campinas. (Foto: Reprodução/EPTV)Mulher conta agressão sofrida pelo companheiro antes de obter medida protetiva em Campinas. (Foto: Reprodução/EPTV)

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Desde abril, a pena em casos de descumprimento está mais rígida, com detenção de três meses a dois anos.
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O pedido pode ser feito pelas mulheres por meio de uma autoridade policial, mediante registro de boletim de ocorrência e solicitação da proteção, ou do Ministério Público. É uma medida de urgência. No primeiro trimestre, a Polícia Civil solicitou três medidas protetivas por dia a vítimas de violência na cidade.

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“Foram agressões físicas, foram chutes, socos, tentativa de estrangulamento, arma. Mesmo depois de separada, ele ainda falava em me matar”, conta vítima que não quis ter a identidade revelada na reportagem.

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Medidas protetivas para mulheres vítimas de agressão em Campinas
Número de medidas até maio de 2018 quase supera todo o ano de 2017.
Medidas protetivas234234498498432432Janeiro a maio de 2017Janeiro a dezembro de 2017Janeiro a maio de 20180200400600
Fonte: Tribunal de Justiça de São Paulo
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Formas de proteção

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A medida protetiva pode garantir desde o afastamento do agressor da residência ou de um local de convivência com a vítima, à fixação de um limite mínimo de distância e suspensão da posse ou porte de armas, se for o caso.

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A proibição de contato com o agressor pode incluir familiares da mulher e testemunhas. Em relação aos dependentes, ele deverá obedecer a restrição ou suspensão de visitas imposta pela Justiça.

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O juiz também pode determinar que o agressor pague pensão alimentícia provisional ou alimentos provisórios.

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Mãos de mulher que era agredida em Campinas antes de conseguir uma medida protetiva contra o companheiro. (Foto: Reprodução/EPTV)

Mãos de mulher que era agredida em Campinas antes de conseguir uma medida protetiva contra o companheiro. (Foto: Reprodução/EPTV)

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Guarda Municipal atua de perto

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O Programa Guarda Amigo da Mulher atua em visitas a mulheres inseridas no benefício para garantir que as medidas protetivas estão sendo cumpridas. Segundo a assitente técnica da Secretaria Municipal de Segurança Teresinha de Carvalho, atualmente 67 mulheres são atendidas e já foram 522 visitas esse ano.

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Em 2017, 48 mulheres foram atendidas pelo programa. Em 2016, quando começou, 25 foram acolhidas.

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“A Guarda faz visitas periódicas, podem ser agendadas, se depender da vontade dessa mulher, mas o ideal é que elas sejam ao acaso mesmo para que o cidadão seja pego de surpresa”, afirma Teresinha.

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Os guardas também fazem relatórios dessas visitas e, mesmo que o agressor não esteja no local, informações sobre ameaças e tentativas de aproximação são relatadas ao Poder Judiciário, que pode determinar inclusive a prisão preventiva em alguns casos.

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Vítimas inseridas no Programa Guarda Amigo da Mulher
Guardas municipais fazem visitas para garantir o cumprimento das medidas protetivas.
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2018
Mulheres no programa 67
Fonte: Secretaria de Segurança de Campinas
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“Programas como este trazem uma confiança e fazem com que as mulheres denunciem mais e confiem mais nas medidas protetivas”, explica Teresinha.

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“No começo eu ainda tinha um pouco de receio, quando eu ia levar o meu filho à escola, tinha um pouco de receio, olhava pra trás. Mas, depois, com o tempo, eu vi que ela é eficaz”, diz vítima que não quis ter a identidade revelada.

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