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Mulheres podem ser fundamentais nas primeiras legislativas da era Trump

Saiu no site EM 

 

Veja publicação original:  Mulheres podem ser fundamentais nas primeiras legislativas da era Trump

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Mobilizadas contra ou a favor de Donald Trump, estimuladas pelo movimento #MeToo ou indignadas com a indicação para a Suprema Corte de Brett Kavanaugh, as mulheres serão fundamentais nas eleições legislativas dos Estados Unidos, na hora do voto e também como candidatas.

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“Há três anos eu era apenas uma eleitora. Agora sou uma eleitora que também organiza atos a favor do voto, sou uma pessoa que participa de campanhas de porta em porta para as eleições de 6 de novembro”, afirmou à AFP Barbra Bearden, uma democrata de 37 anos.

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“Eu não fazia nada disso antes de Trump”, admite a consultora especializada em desenvolvimento, que decidiu organizar uma campanha telefônica de sua casa em Washington para estimular as mulheres em todo país a votar.

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A iniciativa “Call Your Sister” (Ligue para sua irmã) foi criada pelos organizadores da Marcha pelas Mulheres, que levou mais de um milhão de pessoas às ruas depois que Trump assumiu a presidência em janeiro de 2017.

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Estas eleições, as primeiras desde que o empresário bilionário chegou à Casa Branca, são “realmente cruciais”, disse Bearden.

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Na votação, os americanos devem eleger os 435 membros da Câmara de Representantes e quase um terço dos 100 integrantes do Senado.

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As eleições de meio de mandato colocam em jogo quase todo o equilíbrio de poder em Washington e os democratas almejam recuperar a maioria para poder aplicar, no Congreso, um freio à agenda política do presidente republicano.

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Mas uma mudança desta magnitude é impossível sem as mulheres.

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“As eleitoras são mais fluídas, mais disponíveis para flutuar entre os dois partidos”, explica Steven Schier, cientista político do Carleton College de Minnesota.

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– Recorde de candidatas –

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Nesta eleição, o eleitorado têm uma grande variedade de candidatas. Cientistas, veteranas de guerra, advogadas, empresárias e donas de casa. O número de mulheres na disputa é recorde: 198 democratas e 59 republicanas.

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Atualmente as mulheres ocupam 20% das cadeiras no Congresso.

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Nas cédulas de votação, as minorias também estão representadas. Várias candidatas são figuras carismáticas que ganharam repercussão nacional, como a democrata Alexandria Ocasio-Cortez, que aos 29 anos venceu um político veterano nas primárias com propostas mais à esquerda que a linha tradicional de seu partido.

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No momento, entusiasmo do eleitorado feminino beneficia os democratas.

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– Votos muito cobiçados –

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Alisha Johnson e Nicole Archambeau não se conhecem, mas as duas moram no distrito de St. Paul em Minnesota, um reduto chave dos republicanos onde o candidato democrata trava uma disputa lado a lado na eleição.

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As duas participam de eventos escolares no bairro de Mendota Heights e têm um perfil sociológico muito cobiçado: as mães dos subúrbios.

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Este segmento é formado em sua maioria por mulheres brancas, com estudos e de classe média. Apesar do apoio aos republicanos nos últimos anos, há indícios de que esta faixa de eleitoras estaria se distanciando do partido e de Trump.

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Johnson, uma executiva de uma cooperativa de crédito de 52 anos, que se identifica como republicana, afirmou, no entanto, que seguirá votando no partido.

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Trump falou de “mudança”, explicou Johnson. “Eu vi um impacto positivo na economia e na educação”, completou, antes de afirmar que nem sempre concorda com o que ele diz.

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Archambeau, uma professora de 48 anos, que tem quatro filhos, está determinada a votar nos democratas.

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“Com Trump não se trata apenas de diferenças em nossas posturas políticas, mas também a nível moral”, explicou a mulher que resumiu sua postura com uma frase: “Ele não é um bom exemplo”.

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– Muita energia –

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Os candidatos democratas ao Congresso têm sete pontos de vantagem sobre os rivais republicanos, de acordo com uma compilação de pesquisas do portal RealClearPolitics.

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A indignação provocada pela confirmação de Brett Kavanaugh como juiz da Suprema Corte, acusado de agressão sexual em um caso que incluiu uma comovente audiência no Congresso da mulher que o denunciou, pode ter um papel importante nestas eleições.

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Mas as eleitoras republicanas que apoiam a nomeação para um posto que pode ser fundamental em temas como o aborto também podem ser motivadas pelo caso.

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A senadora democrata Mazie Hirono espera uma mudança.

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“Minha esperança é que as mulheres deste país continuem mobilizadas”, afirmou à AFP Hirono, a primeira senadora pelo estado do Havaí.

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“Há muita energia, muito entusiasmo”, declarou a senadora por Michigan Debbie Stabenow. “As mulheres estão cansadas de divisão”, completou.

 

 

 

 

 

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