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Meninos são espoletas e meninas são comportadas? Vamos repensar os estereótipos!

Saiu no site AZ MINA:

 

Veja publicação original:  Meninos são espoletas e meninas são comportadas? Vamos repensar os estereótipos!

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Por Tayná Leite

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Em março deste ano me deparei com uma campanha de um importante veículo de comunicação cujo público alvo são mães e que trazia uma matéria sobre como ser mãe de menino envolvia coisas como lidar com arranhões nos joelhos. As meninas, por serem mais comportadas e ficarem sentadinhas, não passariam por esse tipo de situação com tanta frequência.

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Fiz um post no meu Facebook e várias amigas comentaram justamente desmistificando esses estereótipos, postando fotos de suas meninas bagunceiras e de seus meninos comportados.

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Aqui em casa mesmo tenho um menino bem comportadinho, sensível e carinhoso e que adora uma vassoura.  No meu grupinho mais próximo de bebês somos em 5 mães e 7 crianças, das quais 2 meninos apenas. As meninas são justamente as mais espoletas e vida loka.

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Longe de mim reforçar um “estereótipo ao contrário”, porque obviamente a construção social age sobre meninos e meninas justamente para que ao longo da vida cresçamos achando que precisamos ser comportadas enquanto eles podem ser aventureiros. Que a nós é dado ser sensível e emocional enquanto eles são assertivos e racionais.

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E é justamente nesta fase e com essas pequenas coisas que reforçamos padrões e estereótipos que virão a ser formas sutis (ou nem tanto) de violência contra meninas e meninos.

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De março para cá passei a acompanhar no Instagram as hastags #maedemenino e #maedemenina, e com base nisso resolvi criar uma campanha para repensarmos o estereotipo, ainda que ele pareça positivo e fofinho, e permitirmos às pessoas, todas elas, que sejam quem elas quiserem ser!

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Como eu já contei neste texto aqui, me tornar mãe de um menino me fez olhar o mundo com outros olhos.

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Para mim, #sermãedemenino é ter que me preocupar ainda mais em acolher os sentimentos que a sociedade manda ele engolir e por aí vai.

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#sermaedemenino é ter que ficar explicando que é normal ele brincar de boneca ou de panelinhas e gostar de limpar a casa, e que isso não define a orientação sexual dele (como se criança tivesse orientação sexual e como se fosse algum problema seja lá qual for a orientação dele).

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#sermãedemenino é estar o tempo todo atenta aos exemplos que ele vê de masculinidade para que ele não normalize atitudes abusivas e violentas em relação a outras pessoas, em especial meninas.

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#sermãedemenino é ter a missão de ensiná-lo a olhar para o seu privilégio de forma crítica e construtiva.

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#sermãedemenino é ter um garotinho doce, sensível e empático e me esforçar para que ele assim permaneça.

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E para você? Quais os desafios de #sermãedemenino ou #sermãedemenina?

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Abrace essa campanha e vamos juntas desconstruir esses estereótipos que limitam as potencialidades de cada ser humano?

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Compartilhe o vídeo da campanha ou este texto com as hashtags que te representam e os desafios que você encontra na sua maternidade por conta desses estereótipos ou desconstruindo os mesmos.

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Como diria a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie : “O problema com estereótipos não é que eles sejam falsos, mas sim que eles são incompletos. Eles fazem com que uma história se torne a única história”.

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Vamos deixar que nossos filhos contem suas próprias histórias da forma que melhor entenderem e que os façam mais felizes!

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Vamos #repensaroestereotipo!

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Quer saber mais sobre a campanha? Assista aqui.

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