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Maya Gabeira: 31 anos, uma onda de 24 metros e a busca pelo próximo recorde

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Veja publicação original: Maya Gabeira: 31 anos, uma onda de 24 metros e a busca pelo próximo recorde

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Por Ana Beatriz Rosa

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A surfista deixa de lado os estigmas do acidente e mostra que está preparada para novos desafios.

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Em 2013, a surfista Maya Gabeira chegou a ser reanimada nas areias da praia do Norte, em Nazaré, Portugal, após sofrer um acidente enquanto tentava surfar uma onda gigante.

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Em 18 de janeiro de 2018, cinco anos depois do trágico acidente, a atleta voltou até a mesma praia em busca de um desafio ainda maior. E conseguiu. Maya Gabeira surfou uma onda de 24 metros (80 pés), que deve entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes.

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Nesta terça-feira (10), Gabeira completa 31 anos. No Instagram, a carioca agradeceu a toda “emoção e aventura” que viveu até aqui.

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E não foram poucas.

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Para surfar a melhor onda de sua vida em janeiro, Maya esperou, pelo menos, 4 horas na águas geladas de Nazaré.

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“Eu estava super ansiosa, porque esperei esse swell a semana toda, e nós sabíamos que seria um swell gigante. Eu ainda não tinha performado desde o meu acidente, então estava ansiosa e bem tensa. Foram 4h na água para eu achar essa esquerda. Tinha pego uma direita antes, mas não foi nada demais. E estava super frio esse dia, então foi uma luta e uma perseverança mais do Eric. Nós fomos muito guerreiros e conseguimos achar. Valeu e muito”, compartilhou em entrevista ao Globo Esporte.

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A medição de sua onda será enviada para o Guinness e a surfista carioca espera inaugurar uma nova categoria no livro dos recordes: ondas gigantes surfadas por mulheres.

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Até então, o recorde de maior onda surfada no mundo pertence ao atleta americano Garrett McNamara, que surfou uma onda de 23.8 metros também em Nazaré, em 2011.

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RAFAEL MARCHANTE / REUTERS

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A trajetória de Maya Gabeira

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Antes de surfar a maior onda de sua vida, Gabeira experimentou uma sensação de quase morte. Em 2013, ela tentou pegar uma onda de 24 metros, mas caiu, ficou submersa nas águas violentas e ficou inconsciente até ser resgatada por uma equipe de apoio.

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Apesar do susto, as sequelas do acidente foram um tornozelo quebrado, 2 cirurgias nas coluna e muitos dias de fisioterapia.

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“A última vez que havia visto um mar daquele tamanho, havia sido no dia do meu acidente. A diferença é que agora estava muito mais preparada que em 2013”, compartilhou em entrevista ao R7 sobre o retorno à Nazaré.

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Desde o acidente, a atleta nunca mais tinha demonstrado uma performance tão surpreendente. O jejum foi quebrado em janeiro, com a onda gigante.

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“Sei que a minha respirada de alívio agora foi totalmente diferente da de 2013. Aquela onda foi muito mais impactante na minha vida porque foi uma experiência muito forte. Essa onda de agora foi uma conquista. A outra foi uma experiência que não gostaria de não ter tido, mas tive de lidar com ela. Essa de agora foi uma recompensa de um trabalho árduo, de toda a minha a vida”, conta a surfista.

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AFP/GETTY IMAGES

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Nascida e criada no Rio de Janeiro, aos 13anos Maya Gabeira trocou as sapatilhas de ballet por uma prancha na praia do Arpoador.

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Em uma viagem para o Havaí, a atleta conheceu os efeitos das ondas gigantes e se apaixonou pelo mar que, para muitos, é sinônimo de medo.

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“Pude ver as ondas gigantes, perfeitas e aquilo mexeu comigo. Logo na minha primeira temporada, decidi que queria focar naquilo, surfar os lugares que queria surfar e fui evoluindo”, contou em entrevista ao R7.

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AFP/GETTY IMAGES

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Para Maya, o excelente desempenho e o possível recorde do Guinness serviu como fonte de inspiração para buscar novos desafios em sua carreira.

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“Acho que ainda tenho muito que evoluir, estou animada de estar fisicamente bem de novo, mas sei que para mim é como se fosse um recomeço. Agora é voltar a remar ondas”, defendeu em entrevista.

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A big rider

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Maya Gabeira faz parte de um grupo de surfistas que dedicam os seus treinos em busca da maior onda perfeita. Para eles, as ondas começam a ser surfadas a partir dos intervalos de 25 a 35 pés, 35 a 45 pés ou 45 pés para mais. A onda surfada por Maya em janeiro, por exemplo, tinha cerca de 80 pés.

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Além das ondas gigantes, a carioca coleciona outros títulos em sua carreira. Ela foi a primeira mulher a surfar uma onda no Alasca, em 2009, e é pentacampeã na categoria Melhor Performance Feminina do Billabong XXL Awards (premiação mais importante da categoria). Maya Gabeira também já recebeu o prêmio ESPYS, considerado o Oscar dos esportes por premiar os melhores atletas e acontecimentos esportivos do ano.

 

 

 

 

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