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Liniker: “Sou dona do meu corpo e das coisas que escolho para mim”

Saiu no site INSTITUTO GELEDÉS:

 

Veja publicação original:  Liniker: “Sou dona do meu corpo e das coisas que escolho para mim”

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Por Tatiana Merlino

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Em entrevista em vídeo, a cantora e compositora Liniker fala sobre carreira, identidade de gênero e racismo

 

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Aos 22 anos, a cantora e compositora Liniker está muito feliz com a mulher que tem descoberto em si e com as decisões em relação à sua identidade de gênero. Referência na luta contra o preconceito contra mulheres trans, ela diz: “Me sinto fortalecida por saber que há pessoas que se enxergam em mim. Isso é muito bonito”. Porém, lembra que não é a única: “Existe uma gama de pessoas, na arte, em muitos campos, falando por nós”.

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Nascida em Araraquara, no interior de São Paulo, ela ganhou o mundo quando lançou junto com sua banda um EP gravado de forma quase caseira e divulgado no Facebook. Viralizou horas depois de cair nas redes, em 2015. “Foi assustador. Fiquei muito feliz, mas não esperava. Recebemos muito amor”, conta, em entrevista a CartaCapital, concedida na sua casa, em São Paulo.

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De lá para cá, Liniker e os Caramelows lançaram seu primeiro álbum “Remonta”, fizeram inúmeras turnês internacionais e agora preparam o segundo álbum, sobre o qual a cantora prefere ainda não falar muito.

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Nas artes, começou no sapateado, foi para o teatro e então para a música. Um dia, quando estudava teatro, num teste, resolveu cantar. “Foi quando tive certeza que queria ser cantora”. Mas Liniker já compunha desde os 14 anos. Parte das composições estão em “Remonta”.

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Nascida numa família musical, “cheia de referências negras” ouvia em casa, com sua mãe e tios bandas como Clube do Balanço, Originais do Samba e a cantora Mariah Carey. Hoje, entre suas referências estão Etta James, Nina Simone, Elza Soares.

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Negra e trans, Liniker conta que com a mãe aprendeu desde cedo que era negra e que deveria ter orgulho da sua cor.  Mas que diariamente luta contra o racismo e a transfobia: “Não é em todo lugar que posso ir com tranquilidade. Sou uma mulher negra, eu sou travesti. Várias coisas me fazem pensar onde vou, com quem vou sair. É extremamente perigoso. Mas também libertador, quando resolvo sair de casa”.

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Confira a entrevista:

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