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Estupro e luta com passageiro: mulheres motoristas de app relatam assédios

Saiu na UNIVERSA

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Relatos de assédio a passageiras nos meios de transporte por aplicativo são inúmeros. Mas pouco se fala sobre as violências a que estão sujeitas as motoristas que trabalham nesse mercado. “O passageiro colocou a mão na minha coxa, falou que eu era gostosa e que não ia resistir”, conta a motorista Valéria Silva, 37 anos, de Barueri (SP), ao relembrar como começou a tentativa de estupro que sofreu três anos atrás enquanto trabalhava para o aplicativo Uber.

Como Valéria, Ana Paula e Ester também encontraram no trabalho extra como motorista de app uma forma de complementar a renda. Mas acabaram passando por situações de assédio e hoje carregam um trauma. A Universa, elas detalham como reagiram.

“Avisei outros motoristas que eu estava em perigo”

“Sou corretora de imóveis e trabalho como motorista de Uber com viagens noturnas para complementar minha renda. Há três anos, peguei um passageiro que, depois de alguns minutos de corrida, pediu para retornar ao local de partida porque havia esquecido algo.

Ele começou a ficar bem agitado, provavelmente estava sob o efeito de drogas. Depois, pediu para parar em um posto de gasolina para fazer xixi. Fiquei desconfiada e compartilhei minha localização com um grupo de amigos, que também eram motoristas, para que eles ficassem em alerta, caso eu precisasse de ajuda.

Ao retornar para o carro, o homem sentou no banco da frente, o que me assustou. Tentei ficar calma, mas depois disso, ele colocou a mão nas minhas coxas e tentou me beijar à força. Dei um empurrão, mas o cara começou a abrir minha blusa. Dei um soco para me defender

Felizmente consegui parar o carro e um amigo motorista, o Felipe, que estava ali perto e havia recebido meu alerta, veio me ajudar. O cara saltou do carro e fugiu.

Relatei o que me aconteceu a Uber e a empresa prestou suporte e disse que o passageiro seria banido da plataforma. Na época, preferi não fazer boletim de ocorrência. O agressor tinha meus dados. Quem me garante que ele não ia pegar a placa do meu carro e fazer algo comigo? Ele estava drogado e fiquei com medo.” Valéria Silva, 37 anos, trabalha como motorista de app em Barueri (SP)

“Ele puxou meu rosto e tentou me beijar”

“Tenho mais de 25 mil corridas no currículo, trabalho há quatro anos para as plataformas Uber e 99. Em 2019, passei por uma situação dessas de assédio em uma corrida de madrugada, na zona norte de São Paulo.

Aceitei uma viagem pela 99, com três amigos saindo de um bar sexta-feira à noite. Lembro que era 13 de abril, Dia do Beijo, e os homens fizeram umas gracinhas durante o trajeto. Depois de deixar dois deles no endereço de destino, segui com o terceiro.

Ele estava alcoolizado e começou a me pedir beijo. Pedi educadamente que parasse com aquela conversa umas três vezes. Na última tentativa, ele puxou meu rosto e tentou me beijar. Na hora, parei o carro e o expulsei

E ele ainda me xingou de arrogante. Depois disso, liguei para o setor de segurança do aplicativo para formalizar a reclamação. Eles falaram que eu não ia mais ter contato com o passageiro e que iam agir. Fiquei com medo que cancelassem o meu cadastro na plataforma porque, geralmente, os motoristas são descredenciados e o passageiro é entendido como certo. Mas naquele caso, eu estava certa.” Ana Paula Aparecida de Oliveira, 38 anos, trabalha como motorista em São Paulo (SP)

“Avisei outros motoristas que eu estava em perigo”

“Sou corretora de imóveis e trabalho como motorista de Uber com viagens noturnas para complementar minha renda. Há três anos, peguei um passageiro que, depois de alguns minutos de corrida, pediu para retornar ao local de partida porque havia esquecido algo.

Ele começou a ficar bem agitado, provavelmente estava sob o efeito de drogas. Depois, pediu para parar em um posto de gasolina para fazer xixi. Fiquei desconfiada e compartilhei minha localização com um grupo de amigos, que também eram motoristas, para que eles ficassem em alerta, caso eu precisasse de ajuda.

Ao retornar para o carro, o homem sentou no banco da frente, o que me assustou. Tentei ficar calma, mas depois disso, ele colocou a mão nas minhas coxas e tentou me beijar à força. Dei um empurrão, mas o cara começou a abrir minha blusa. Dei um soco para me defender

Felizmente consegui parar o carro e um amigo motorista, o Felipe, que estava ali perto e havia recebido meu alerta, veio me ajudar. O cara saltou do carro e fugiu.

Relatei o que me aconteceu a Uber e a empresa prestou suporte e disse que o passageiro seria banido da plataforma. Na época, preferi não fazer boletim de ocorrência. O agressor tinha meus dados. Quem me garante que ele não ia pegar a placa do meu carro e fazer algo comigo? Ele estava drogado e fiquei com medo.” Valéria Silva, 37 anos, trabalha como motorista de app em Barueri (SP)

“Ele puxou meu rosto e tentou me beijar”

“Tenho mais de 25 mil corridas no currículo, trabalho há quatro anos para as plataformas Uber e 99. Em 2019, passei por uma situação dessas de assédio em uma corrida de madrugada, na zona norte de São Paulo.

Aceitei uma viagem pela 99, com três amigos saindo de um bar sexta-feira à noite. Lembro que era 13 de abril, Dia do Beijo, e os homens fizeram umas gracinhas durante o trajeto. Depois de deixar dois deles no endereço de destino, segui com o terceiro.

Ele estava alcoolizado e começou a me pedir beijo. Pedi educadamente que parasse com aquela conversa umas três vezes. Na última tentativa, ele puxou meu rosto e tentou me beijar. Na hora, parei o carro e o expulsei

E ele ainda me xingou de arrogante. Depois disso, liguei para o setor de segurança do aplicativo para formalizar a reclamação. Eles falaram que eu não ia mais ter contato com o passageiro e que iam agir. Fiquei com medo que cancelassem o meu cadastro na plataforma porque, geralmente, os motoristas são descredenciados e o passageiro é entendido como certo. Mas naquele caso, eu estava certa.” Ana Paula Aparecida de Oliveira, 38 anos, trabalha como motorista em São Paulo (SP)

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