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CONHEÇA A HISTÓRIA E A IMPORTÂNCIA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Saiu no site UOL

 

Nesta sexta-feira, 8, países ao redor do mundo celebram o Dia Internacional da Mulher, cuja história remete a Revolução Industrial; entenda!

Nesta sexta-feira, 8, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, uma data repleta de história e importância, cuja origem é desconhecida para muitas pessoas. Pensando nisso, o site Aventuras na História conversou com a coordenadora da Maple Bear Porto Velho, Elis da Silva Oliveira. 

Em 1975, durante a primeira conferência mundial das mulheres, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu que o dia 8 de março seria reconhecido como o Dia Internacional da Mulher.

Embora não seja feriado no Brasil, essa data visa celebrar a luta feminina ao longo da História e os direitos civis, políticos e trabalhistas conquistados graças as muitas manifestações e organizações femininas que lutaram ao longo dos anos.

No entanto, para compreender a verdadeira origem da data, é preciso voltar a Inglaterra do século 18, especificamente a Revolução Industrial, como explicou Elis, mestra em História e estudos culturais.

Com o advento da Revolução Industrial, o mundo passou por mudanças profundas em suas formas de viver, pensar, agir e sentir. Tudo resultou no avanço da globalização e no crescimento da população urbana, além de influenciar as dinâmicas socioculturais. Logo, não é à toa que o movimento pelos direitos das mulheres tenha surgido nessa época, explica Elis.

Aliado a isso, o processo de escolarização e a formação de pessoas para o mercado de trabalho fabril contribuíram para a tomada de consciência das mulheres sobre sua posição e anseios, impulsionando a luta contra a falta de direitos e a busca por igualdade nos diversos contextos e sociedades, tanto ocidentais quanto orientais”, explica a coordenadora.

Com o passar dos anos, essa tomada de consciência cresceu, se multiplicou e se transformou em um movimento global, marcado por “manifestações, passeatas e movimentos organizados em prol da luta feminina“, enfatiza Elis.

Por que 8 de março?

É comum a associação da data com o incêndio ocorrido em 8 de março de 1857 com o intuito de impedir uma greve realizada por funcionárias da fábrica Cotton. Durante o episódio, 129 teriam morrido carbonizadas, entretanto, explica um artigo do Parlamento Europeu, essa história é uma mentira.

Um episódio verdadeiro ocorreu na fábrica têxtil localizada em Nova York, nos Estados Unidos, em março de 1911. Na ocasião, 130 operárias faleceram.

A data está ligada a luta de mulheres operárias do período, que batiam de frente com governos e empregadores em busca de condições de trabalho humanas e salários justos, resultando em greves e passeatas.

Como as fábricas foram o berço do movimento, o dia 8 de março foi escolhido, pois, evocava os “eventos históricos significativos relacionados tanto à sua luta quanto ao seu sofrimento no contexto fabril.”, explicou Elis.

A data foi oficialmente escolhida durante a guerra, em 1917. Na Rússia, mulheres em greve pediam pão, paz e direitos. Com o episódio, o czar abdicou e o governo provisório permitiu o direito do voto feminino.

Seguindo o calendário juliano, o episódio se iniciou em 23 de fevereiro. No calendário gregoriano, entretanto, a data corresponde o dia 8 de março, o que explica a celebração.

O Dia Internacional da Mulher ressalta a importância de, mais uma vez e em todos os anos, estudarmos e enaltecermos a história de luta das mulheres ao longo de toda a história da humanidade, fundamentando-se na constante e essencial busca feminina por vida, liberdade, igualdade de escolhas e direitos”, disse ela.

Garotas em idade escolar trabalhando em uma fábrica do século 19 – Créditos: Licença Creative Commons via Picryl

Luta e reconhecimento

Ao longo dos anos, as mulheres que iniciam a luta em meio às condições insalubres das fábricas foram deixadas de lado, entretanto, outras figuras de destaque aderiram ao movimento e se tornaram ícones da luta pelo direito das mulheres.

Mulheres como Olympe de GougesSojourner TruthSusan B. AnthonySimone de BeauvoirEmmeline PankhurstRosa LuxemburgoRosa ParksMalala YousafzaiAngela DavisBell HooksRigoberta Menchú Tum e Wangari Maathai nos apresentam a importante e fundamental luta das mulheres na era contemporânea.”, relembrou.

Após décadas de muito esforço, as mulheres conseguiram garantir seus direitos políticos e civis em larga escala, como o direito ao voto, ao trabalho digno e à igualdade salarial e civil, graças ao esforço das adeptas ao movimento. Entretanto, Elis ressalta que ainda há muito o que fazer. 

A luta feminina se estende aos dias atuais como uma busca por uma existência digna para as mulheres, com qualidade, justiça e equidade em todos os setores da vida em sociedade.”, finalizou a coordenadora.

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