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Com um quinto da população de Porto Alegre, Viamão tem taxas maiores de violência contra mulher

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Veja publicação original:  Com um quinto da população de Porto Alegre, Viamão tem taxas maiores de violência contra mulher

 

Cidade da Região Metropolitana contabiliza mais crimes de ameaça, feminicídio e lesão corporal.

 

Com um quinto da população de Porto Alegre, a cidade de Viamão, na Região Metropolitana, apresenta taxas de violência contra mulher maiores que os números da capital. Os casos para cada 10 mil habitantes são mais elevados para os crimes de ameaça, feminicídio e lesão corporal.

A taxa de mulheres que sofreram ameaças em Viamão em 2016 foi de 76,08, enquanto na capital esse número foi de 53,92 para cada 10 mil habitantes. Os números de feminicídio também são maiores: 0,24 para a cidade da Região Metropolitana, contra 0,11 na capital. Os números fazem parte dos dados mais recentes divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.

Um caso recente de violência doméstica chamou atenção nesta semana em Viamão. De acordo com a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, que investiga o assassinato de Pâmela Natasha Alves Santos, a morte poderia ter sido evitado se os vizinhos tivessem chamado a polícia quando ouviram os primeiros gritos da discussão do casal.

“Essa cultura de quem em briga de marido e mulher não se mete a colher, temos que repensar nos dias atuais. Provavelmente, se houvesse o acionamento da Polícia Civil, ou da Brigada Militar, nós conseguiríamos evitar esse feminicídio”, afirma a delegada Jeiselaure, dizendo que Pâmela apanhou durante várias horas.

Corpo foi encontrado na manhã de terça-feira (5) no bairro Santo Onofre (Foto:Divulgação)

A polícia já pediu a prisão de Fábio Borges Pinto, suspeito de matar Pâmela. Ele está foragido. De acordo com a delegada, ela começou a ser agredida no meio da tarde de segunda-feira, e foi morta a pauladas no dia seguinte.

As agressões, conforme a investigação, aconteceram na frente do filho dela, de 3 anos. Testemunhas disseram que ouviram a gritaria, mas preferiram não intervir.

Segundo a delegada, os vizinhos ficaram com medo de denunciar, já que o companheiro da vítima é um ex-presidiário com envolvimento em homicídios. “É importante esclarecer que essas denúncias podem ser anônimas, podem ser feitas pelo disque-denúncia”, reforça.

Fabio Borges Pinto já tinha sido condenado a 19 anos de prisão por homicídio, cumpriu 8 anos e passou para o regime semiaberto. A polícia pediu a prisão dele, que aguardava uma vaga em um albergue quando matou Pâmela.

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