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Chimamanda: “Precisamos de homens feministas para mudar outros homens”

Saiu no site REVISTA MAIRE CLAIRE

 

Veja publicação original:  Chimamanda: “Precisamos de homens feministas para mudar outros homens”

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Em entrevista exclusiva para a edição de aniversário de Marie Claire, a escritora nigeriana e ícone pop Chimamanda Ngozi Adichie defende que os homens podem ser, sim, feministas e fala sobre literatura, moda, idade e o racismo no Brasil

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Por Adriana Ferreira Silva

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Ela é protagonista de dois TEDs com mais de 20 milhões de views, virou música da Beyoncé e tema de coleção da Dior. Trajetória para lá de incomum para uma escritora de ficção que jamais pensou em ser ícone feminista. A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, de 41 anos, autora de seis livros e mãe de uma menininha de 3, encontrou-se com Marie Claire Brasil em Washington para uma conversa franca e exclusiva sobre liberdade, gênero, racismo e amor. Polêmica, cravou que os homens são essenciais na luta das mulheres e que podem (e devem) ser feministas.

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“Temos que parar de pensar no feminismo como uma espécie de festinha exclusiva para a qual poucas pessoas são convidadas. Nosso objetivo é a igualdade no mundo. Queremos chegar a um ponto em que não vamos mais precisar do feminismo. Para isso acontecer, todo mundo tem que se envolver. Portanto, precisamos de homens feministas para mudar outros homens”, garante Chimamanda. “Em Lagos, uma cidade cosmopolita, acontece de um homem e uma mulher entrarem num restaurante, e o garçom ou o segurança dizerem: ‘Boa tarde, senhor’, ignorando a mulher. Então, costumo falar aos homens que eles precisam dizer: ‘Isso é inaceitável. Entrei aqui com outro ser humano que é meu igual. E você precisa reconhecer a presença de nós dois’”, diz ela. Mas qual homem Chimamanda já viu tomar atitude semelhante? “Meu marido”, responde, rindo. “A não ser que sejam cooptados para o feminismo, os homens não vão participar de livre e espontânea vontade. Meu marido o faz porque falei com ele sobre isso. Até então, nem ele percebia.”

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Eu não preciso do feminismo porque não sou uma vítima. Uma das frases mais comuns usadas por mulheres que se consideram antifeministas, a afirmação é contestada com veemência pela escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, estrela da edição de aniversário da revista Marie ClaireNas bancas a partir de 4 de abril.

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Leia a superentrevista exclusiva de Chimamanda Ngozi Adichie na edição de abril, que chega às bandas em 4/4. Abaixo, confira os bastidores da equipe de Marie Claire em Washington.

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“Sim, você precisa [do feminismo]”, diz Chimamanda. “Feminismo tem a ver com justiça. Ainda não há igualdade no mundo, então, precisamos fazer com que haja [igualdade]. Não significa que você seja uma vítima. Por causa do feminismo, mulheres podem votar, comprar um carro, uma casa sem precisar de um homem assinando algum documento por ela ou lhe dando permissão”, explica Chimamanda.

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Diretora de redação: Laura Ancona
Diretora de Arte: Karen Kawagoe
Edição e reportagem: Adriana Ferreira Silva
Produção executiva: Vandeca Zimmerman
Filmmaker e montadora de vídeos: Inara Chayamiti
Agradecimento: Watergate Hotel | DC Studios Rental | Cia. das Letras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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