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Carnaval de rua em SP terá tendas de acolhimento de mulheres e LGBTs vítimas de violência e assédio

Saiu no site G1

 

 

Veja publicação no site original:   Carnaval de rua em SP terá tendas de acolhimento de mulheres e LGBTs vítimas de violência e assédio

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Cerca de 20 espaços terão assistentes sociais, psicólogas e agentes de segurança mulheres para receber as foliãs vítimas de importunação ou violência. Prefeitura também criou manual do folião, com orientações de saúde e segurança.

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Por Rodrigo Rodrigues

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Com o objetivo de combater o assédio e atender mulheres e LGBTs vítimas de violência, a Prefeitura de São Paulo vai instalar neste ano ao menos 20 tendas de acolhimento, espalhadas pelos maiores circuitos de desfiles dos blocos de carnaval na capital paulista.

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De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, essas tendas terão assistentes sociais, psicólogas e policiais mulheres que prestarão atendimento às mulheres e LGBTs que se sentirem em situação de vulnerabilidade durante o carnaval.

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As tendas funcionarão durante os oito dias oficiais de folia na cidade e estarão instaladas ao lado dos postos médicos onde serão concentrados os atendimentos de urgência e emergência dos foliões dos circuitos.

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Além do acolhimento às vítimas de assédio e violência, as profissionais dessas tendas também ajudarão no combate à exploração sexual e ao trabalho infantil durante o carnaval de rua. Elas também distribuirão preservativos masculinos, femininos e lubrificantes.

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A ideia atende a uma demanda enviada à Secretaria Municipal de Cultura pela Comissão Feminina do Carnaval de Rua, composta por cerca de 60 mulheres representantes de blocos, que fizeram vários pedidos aos organizadores do evento para assegurar a integridade do público feminino.

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“Além de falar do tema da violência e da importunação sexual, a intenção é estar mais próximo dos blocos para garantir a tranquilidade das mulheres em procurarem imediatamente um agente, caso se sintam ameaçadas ou assediadas. A presença mais perto dos foliões também é para informar, tanto as mulheres quantos os homens, de que há uma lei desde 2018 que tipifica o crime de importunação sexual e quem se exceder e for identificado vai ser encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher”, diz Claudia Carletto, secretária de Direitos Humanos e Cidadania.

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De acordo com a secretária, a Casa da Mulher Brasileira, no Cambuci, vai funcionar 24 horas nos dias de folia na capital paulista, justamente para acolher mulheres vítimas de violência e registrar possíveis casos de assédio, já que dentro dela funciona a 1ª Delegacia da Defesa da Mulher de São Paulo.

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No total, 60 profissionais mulheres estão sendo treinadas nesta semana para atuarem nesses espaços, que também vão distribuirão cerca de 40 mil tatuagens temporárias com mensagens contra assédio, a importunação sexual e a violência de gênero.

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“Pode parecer uma bobagem, mas a vítima se sente mais acolhida quando fala com uma mulher. Aquelas que passaram por algum tipo de violência crônica por parte do homem, se sentem mais desconfiadas com a abordagem de outros homens e sentem em outras mulheres um maior acarinhamento”, explica Claudia Carletto.

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Para ajudar nesse trabalho, a prefeitura também está treinando outros 50 voluntários, chamados de anjas e anjos, que, a exemplo do ano passado, circularão entre os foliões com camisetas identificadas, fazendo abordagens mais próximas e identificando possíveis casos de importunação.

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O ônibus Lilás vai novamente ser usado pela prefeitura durante o carnaval de rua da cidade, para atender mulheres vítimas de assédios. — Foto: TV Globo/Reprodução

O ônibus Lilás vai novamente ser usado pela prefeitura durante o carnaval de rua da cidade, para atender mulheres vítimas de assédios. — Foto: TV Globo/Reprodução

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Outra ação da prefeitura é a manter estacionado na Praça do Patriarca, no Centro, o chamado ônibus lilás, que já tinha sido usado no carnaval de 2019 para atender, acolher e informar mulheres e LGBTs sob algum tipo de risco.

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“As violências física e sexual elas são muito claras. Agora, as violências psicológicas, moral e patrimonias elas são mais mascaradas, a gente não vê na pele. Então, sempre falar das violências, dizer: ‘olha, você tem como buscar orientação porque você direitos a serem preservados’, é a nossa maior batalha”, declara a secretária.

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Junto com o ônibus lilás, uma van móvel do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) prestará atendimento a estrangeiros vítimas de xenofobia ou qualquer outro tipo de violência.

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As tendas também ajudarão os pais que costumam ir aos blocos com crianças a identificarem as crianças com pulseiras informativas, para eventuais casos de perda e distanciamento dos pais durante os cortejos.

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Manual do folião

Para concentrar todas as informações sobre serviços, orientações e dicas de serviços do carnaval, a Prefeitura de São Paulo também criou o “manual do folião”, que está disponível online para todos que vão curtir o carnaval na cidade, que neste ano deve reunir receber 15 milhões de pessoas e pode se transformar em maior carnaval de rua do País.

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O manual reúne dicas da polícia para segurança, telefones de emergência, orientações sobre onde encontrar os serviços médicos, programação dos blocos e também orientações de saúde e redução de danos para aqueles que exageram no consumo de bebidas.

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A versão feminina do manual, chamada de “manual da foliona” traz informações sobre os locais das tendas de acolhimento, além de endereços de urgência e emergência, como hospitais, delegacias e casas de acolhimento para as mulheres.

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De acordo com a Prefeitura, a cidade vai ter 8.200 policiais militares trabalhando na segurança do evento durante os oito dias de folia, além 1.821 guardas civis metropolitanos (GCMs). O número é inferior aos 10 mil policiais por dia, que haviam sido informados ao G1 pela Polícia Militar.

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Serão 644 blocos desfilando na cidade, em 678 cortejos divulgados oficialmente pela Secretaria de Cultura até agora. (um bloco pode desfilar mais de uma vez).

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Nos cálculos da polícia, 70% dos 15 milhões de foliões esperados pela prefeitura devem ser reunir em treze vias consideradas prioritárias para o trabalho de vigilância policial:

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  • Avenida Eng. Luis Carlos Berrini
  • Rua da Consolação
  • Avenida Luiz Dumont Villares
  • Avenida Brigadeiro Faria Lima
  • Largo da Matriz, na Freguesia do Ó
  • Avenida Henrique Schaumann
  • Avenida Marquês de São Vicente
  • Avenida Paulo VI
  • Avenida Tiradentes
  • Avenida Pedro Álvares Cabral
  • Praça da República
  • Avenida Hélio Pellegrino 1 e 2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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