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Cármen Lúcia encerra 9º Fonavid em Natal destacando necessidade do enfrentamento à violência contra a mulher

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Veja publicação original:    Cármen Lúcia encerra 9º Fonavid em Natal destacando necessidade do enfrentamento à violência contra a mulher

 

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, esteve na tarde de ontem (10) em Natal para realizar a palestra de encerramento do 9º Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid).

A ministra destacou a necessidade do Judiciário promover a paz social e a importância da atuação dos magistrados no combate à violência contra a mulher e da necessidade de pensar a mulher e a sociedade no enfrentamento desta violência. “Nosso país tem números extremamente gravosos em termos de violência em geral. Em relação à violência contra a mulher, chega a ser algo lancinante porque não há nenhuma explicação”.

A presidente do CNJ expressou sua preocupação sobre a permanência da violência contra a mulher e ressaltou que toda forma de agressão pela circunstância da pessoa ser o que é – no caso, ser mulher ou ser de determinado gênero – é inaceitável de qualquer forma. “A violência continua sendo praticada em larga escala, dentro de casa e da maneira mais sórdida possível, porque não tem nem causa única. A violência é plural, praticada em todas as classes sociais, em todos os lugares, das formas mais temerárias e inimagináveis”, afirmou a ministra Cármen Lúcia.

A magistrada do Supremo Tribunal Federal apontou a influência cultural para a permanência dessa situação. “Somos caudatários de uma sociedade na qual muitos de nós ainda ouviram que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Essa era uma forma de ver a vida em que o que se passasse entre duas pessoas só dizia respeito a elas. Como se a violência pudesse parar nos umbrais da porta de casa e ali fechada deixar de ser violência”.

Ela destacou que a tolerância da família e da sociedade com a violência faz com que o agressor fortaleça a sua intolerância e se fortaleça no sentido de que ele pode continuar com essas práticas, pois nada irá lhe acontecer.

Cármen Lúcia frisou que a desigualdade continua a permear as experiências femininas e apontou que até o início de 2017 ainda não havia no país uma penitenciária construída para mulheres, mas unidades construídas para as necessidades físicas dos homens e que eram destinadas para as mulheres. “Esse é o tipo de vivência que faz com que as pessoas pensem que esta é uma conversa de mulheres. O olhar da sociedade para a mulher é quase de total cegueira. A violência que se pratica dentro de casa é a falta de conversa de uma sociedade que continua a ser extremamente condescendente ou indolente com agressões praticadas contra mulheres”.

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