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Assassinato de mulheres atinge nível máximo no Brasil, diz relatório

Saiu no site METRÓPOLES

 

Veja publicação original:   Assassinato de mulheres atinge nível máximo no Brasil, diz relatório

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Cinco mil mulheres foram mortas em 2017. Número representa cerca de 13 casos por dia. Dados mostram aumento nos crimes cometidos por armas de fogo

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Por Tácio Lorran

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Brasil registrou um aumento significante no número de homcídios femininos. Com média de 13 por dia, 4.963 mulheres foram mortas em 2017, de acordo com o Atlas da Violência. O número é o maior desde 2007. Entre as unidades federativas, 17 registraram aumento.

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“Verificamos crescimento expressivo de 30,7% no número de homicídios de mulheres no país durante a década em análise (2007-2017), assim como no último ano da série, que registrou aumento de 6,3% em relação ao anterior”, aponta o relatório do estudo. Em relação à taxa — número de homicídios por 100 mil habitantes —, o crescimento foi de 20,7%.

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O relatório foi produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (05/06/2019).

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Dentro desse universo, o problema se intensifica em relação às mulheres negras. Enquanto a taxa de homicídios das não negras teve crescimento de 1,6% entre 2007 e 2017, a desse grupo cresceu 29,9%.

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No entanto, o relatório aponta que não se sabe ao certo se o crescimento nos casos de feminicídios no país seja realmente verdadeiro. Os pesquisadores lembram que a lei, criada em 2015, “é relativamente nova, de modo que pode haver processo de aprendizado em curso pelas autoridades judiciárias”.

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“Se os registros de feminicídio das polícias podem embutir alguma subnotificação, em função da não imputação do agravante, por outro lado, a análise dos dados agregados da saúde não permite uma elucidação da questão, uma vez que a classificação internacional de doenças (CID), utilizada pelo Ministério da Saúde, não lida com questões de tipificação legal e muito menos com a motivação que gerou a agressão”.

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Para tentar responder a questão, os pesquisadores do Atlas usaram dados que permitem saber o local da ocorrência do crime. Ao todo, 28,5% dos homicídios contra mulheres aconteceram dentro de casa. “Muito provavelmente esses são casos de feminicídio íntimo, que decorrem de violência doméstica”, complementa.

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Entre 2012 e 2017 houve aumento de 1,2% na taxa de homicídio de mulheres. Quando os dados são desmembrados, esse tipo de crime fora da residência diminuiu 3,3% no período, mas aumentou 17,1% dentro das casas.

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Homicídio contra mulheres por arma de fogo
Os dados ainda mostram um aumento do número de homicídios de mulheres por arma de fogo. Levando em conta essa situação, o número de mortes dentro das residências foi ainda maior: 29,8%. O relatório, portanto, considera preocupante o decreto das armas, do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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“Tendo em vista a centralidade que a violência contra a mulher assumiu no debate público da sociedade brasileira, bem como os desafios para implementar políticas públicas consistentes para reduzir este enorme problema, causa preocupação a flexibilização em curso da posse e porte de armas de fogo no Brasil“, afirmam os pesquisadores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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