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Argentina anuncia profissionalização do futebol feminino – entenda mudanças

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Por Nathália Almeida

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No último mês de março, a Associação de Futebol da Argentina (AFA) anunciou oficialmente a profissionalização do ​futebol feminino no país. Realidade na modalidade masculina há décadas a fio, a regulamentação da prática futebolística por mulheres ainda é um desafio para atletas em dezenas de países, sendo a América do Sul um dos cenários mais complexos para mulheres que querem viver do esporte.

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​​Anos de atraso à parte, a Argentina finalmente caminha por avanços na modalidade. Mas o que a profissionalização significa para as atletas locais? O ​Yahoo Esportes entrevistou a jornalista argentina Micaela Cannataro – especialista em futebol feminino e engajada na luta pela equidade de gênero -, que explicou em detalhes o que mudará na vida das jogadoras.

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De acordo com Micaela, a organização do movimento de luta por profissionalização da modalidade aconteceu inspirado no caso da jogadora Macarena Sánchez: dispensada no meio da temporada por seu clube, não recebeu nenhum tipo de indenização e, proibida de fechar com outro time, quase desistiu do futebol. Ao invés de abandonar o esporte, levou sua reivindicação a público e foi até às últimas consequências, processando o antigo clube e a AFA.

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A repercussão internacional do caso de Macarena aumentou a pressão sob os ombros da Federação Argentina, que anunciou no dia 16 de março o primeiro ‘pacote de ações’ para amenizar o abismo de desigualdade existente entre futebol feminino e masculino. Clubes argentinos terão que assinar ao menos oito contratos profissionais em seus elencos, e um novo campeonato local será criado e expandido.

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As medidas citadas, obviamente, ainda são insuficientes para o que se entende como profissionalização, afinal, nem todas as jogadoras terão contratos assinados junto aos seus clubes. Os salários e condições continuam insalubres, além do fato de que só as agremiações participantes de Libertadores/Sul-Americana(competições da Conmebol) são obrigadas a manter equipes femininas na Argentina.

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“Oito jogadoras de um grupo de 30. Prefiro dizer semiprofissionalização porque estas medidas anunciadas, ainda que sejam um passo à frente, não implicam na igualdade entre mulheres e homens futebolistas (…) Se um clube quiser rescindir o contrato, como no caso de Maca, pode fazê-lo sem dar explicações nem indenizar à jogadora. Também faltam escolinhas de futebol para as meninas mais novas e torneios de base”, lamentou Micaela.

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