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Veja publicação original: Arábia Saudita liberta três mulheres ativistas temporariamente
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Três mulheres ativistas dos direitos humanos sauditas foram temporariamente libertadas depois de 10 meses de prisão, segundo familiares, depois de um grupo de 12 mulheres ter ido a tribunal e acusado os seus carcereiros de abusos e maus-tratos.
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As três ativistas – Aziza al-Yousef, Eman al-Nafjan, e uma terceira jovem cujo nome não é avançado – estavam presas há 10 meses, sendo que uma delas já está em casa, avançaram familiares à Associated Press.
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A libertação aconteceu na quinta-feira, 28 de março, um dia depois de um grupo de 12 mulheres sauditas ativistas dos direitos humanos terem estado num tribunal em Riade para defenderem os seus direitos e posições e acusarem os seus carcereiros de abusos sexuais e físicos.
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Quase todas as mulheres foram tiradas à força das suas casas na capital saudita há cerca de 10 meses e transportadas para a cidade de Jeddah, perto do Mar Vermelho, poucas semanas antes de ter sido levantada a proibição de as mulheres conduzirem.
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As mulheres, presentes pela segunda vez em tribunal desde a sua detenção, em maio, defendiam há muito o direito a conduzir e pediam o fim das restritivas leis que as obrigavam a ter um “guardião” masculino. Segundo a lei, qualquer mulher, de qualquer idade, era obrigada a obter o consentimento de um familiar masculino para viajar, adquirir um passaporte, casar-se ou submeter-se a procedimentos médicos.
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Sentadas junto aos seus familiares, no tribunal criminal de Riade, as mulheres falaram para um microfone e contaram detalhes do seu encarceramento ao presidente do painel de três juízes, relatou a Associated Press. Os jornalistas que trabalham para órgãos de comunicação social estrangeiros, os diplomatas e outros observadores independentes não tiveram permissão para estar presentes nas audiências.
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A AP adianta que os pormenores relatados foram contados por várias pessoas ligadas às detenções, mas que todas falaram sob anonimato por medo de represálias e foram omitidos pormenores que as pudessem identificar.
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Uma das mulheres contou ao painel de juízes que vários homens, aparentemente intoxicados, entraram na sua casa uma noite e levaram-na do sítio onde estava detida em Jeddah para um local secreto.
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Era nesse local que, segundo referiu, as mulheres eram espancadas nas costas e coxas, eletrocutadas e torturadas com técnicas de pré-afogamento por homens mascarados que não se identificavam.
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Algumas mulheres admitiram ter sido tocadas e apalpadas à força, obrigadas a quebrar o jejum durante o mês sagrado do Ramadão e ameaçadas de violação e morte. Uma das mulheres terá tentado suicidar-se na prisão. O Governo saudita tem negado, ao longo dos últimos meses, todas as acusações de abusos, considerando serem “alegações loucas” que estão “simplesmente erradas”.
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Algumas das mulheres em julgamento são consideradas das mais proeminentes ativistas de direitos humanos da Arábia Saudita, encontrando-se no grupo Aziza al-Yousef, uma avó e antiga professora, e Eman al-Nafjan, mãe de quatro filhos e professora de línguas, além de Loujain al-Hathloul, conhecida ativista que estava a fazer um mestrado nos Emirados Árabes Unidos quando a sua família anunciou que tinha sido raptada e obrigada a voltar à Arábia Saudita.
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