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Agência da ONU pede apoio à amamentação no local de trabalho

Saiu no site ONU BRASIL

 

Veja publicação original:   Agência da ONU pede apoio à amamentação no local de trabalho

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Na América Latina e Caribe, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu a implementação de leis que garantam às mães que trabalham o apoio e os intervalos necessários na rotina para a amamentação. O apelo foi feito por ocasião da Semana Mundial do Aleitamento Materno, lembrada de 1º a 7 de agosto.

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OPAS pede proteção garantida na lei para que mães que trabalham possam amamentar seus bebês. Foto: UNICEF/Quintos

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Na América Latina e Caribe, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pediu a implementação de leis que garantam às mães que trabalham o apoio e os intervalos necessários na rotina para a amamentação. O apelo foi feito por ocasião da Semana Mundial do Aleitamento Materno, lembrada de 1º a 7 de agosto.

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Entre as medidas propostas pela agência da ONU, estão a licença-maternidade remunerada adequada, que deve ter pelo menos 14 semanas de duração, segundo a Convenção nº 183 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e uma recomendação da própria OPAS sobre o tema. Esses marcos internacionais preveem ainda que os governos devem se esforçar para ampliar a licença-maternidade, alcançando um mínimo de 18 semanas.

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As duas diretivas determinam que, após o retorno ao trabalho, as mães devem ter duas pausas de 30 minutos por dia para amamentar. Os empregadores precisam oferecer um espaço no próprio local de trabalho – ou próximo – para a amamentação, de acordo com os documentos da OIT e da agência regional de saúde.

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Nas Américas, apenas três países dão às mulheres uma licença-maternidade remunerada de 18 semanas ou mais. Outros oito países proporcionam às mulheres pelo menos 14 semanas de dispensa. Quando se trata das recomendações sobre intervalos para a amamentação, 18 países da região oferecem essas pausas para as mães quando elas retornam ao local de trabalho.

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De acordo com a OPAS, as mulheres que recebem apenas uma licença-maternidade curta — de seis semanas ou menos — têm quatro vezes mais probabilidade de não amamentar ou de deixar de amamentar precocemente.

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“A maternidade é um momento particularmente vulnerável para mulheres trabalhadoras e suas famílias”, aponta o diretor de Doenças Não transmissíveis e Saúde Mental da OPAS, Anselm Hennis.

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“É vital que gestantes e lactantes sejam protegidas por lei para que tenham tempo suficiente para dar à luz, recuperar-se e amamentar seus filhos.”

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Ruben Grajeda, assessor regional para Nutrição e Determinantes Sociais da Saúde na OPAS, acrescenta que, apesar de muitos países terem leis trabalhistas sobre maternidade e amamentação, essas legislações nem sempre garantem o apoio necessário ao aleitamento.

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“Esta é uma questão fundamental de igualdade, em que as mulheres que não são protegidas enfrentam uma escolha difícil entre a estabilidade econômica e a saúde de seus filhos”, ressaltou o especialista.

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Amamentação nas Américas

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Nas Américas, 38% das crianças são alimentadas somente com o leite materno pelos primeiros seis meses de vida, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil acompanha a tendência regional, com uma taxa de amamentação exclusiva estimada em 38,6%, de acordo com pesquisas coletadas pela OMS e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

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Ainda na região americana, 54% das crianças são amamentadas na primeira hora de vida — no Brasil, o índice é de 42,9%.

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A OPAS destaca que os dados apresentam discrepâncias significativas de país para país. A taxa de início precoce da amamentação — na primeira hora de vida — varia de 38,1% na República Dominicana a 76,5% no Uruguai.

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A amamentação exclusiva no primeiro semestre de vida cai a 2,8% no Suriname, mas chega a 68,4% no Peru.

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O leite materno atende a todas as necessidades nutricionais e imunológicas dos recém-nascidos. O alimento protege contra doenças e a sua ingestão reduz o risco de morte por diarreia e infecções respiratórias. A amamentação também diminui o risco de má oclusão dentária, obesidade e diabetes.

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O aleitamento materno contribui ainda para o desenvolvimento cognitivo — as crianças amamentadas têm um quociente médio de inteligência (Q.I.) 2,6 pontos mais alto do que as crianças que não são amamentadas.

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As mulheres que amamentam seus bebês também têm um risco menor de câncer de mama e de ovário, diabetes e obesidade.

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Uma pesquisa publicada em 2016 no periódico The Lancet apontava que a universalização do aleitamento exclusivo — ou seja, ter todas as crianças do mundo se alimentando somente com o leite materno nos primeiros seis meses de vida — poderia prevenir 823 mil mortes por ano entre meninos e meninas com menos de cinco anos de idade, além de evitar 20 mil mortes por câncer de mama anualmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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