Saiu no ES HOJE
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No Brasil, pesquisa realizada pela ONG Plan International Brasil mostra que 77% das mulheres têm um caso de assédio no ambiente virtual para relatar. Na Grande Vitória, a história se repete: advogadas capixabas denunciam que são constrangidas e assediadas por um mesmo homem que as atrai na justificativa de que busca serviços jurídicos. Já há denúncia formal do caso na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Cariacica.
Vítimas – cerca de sete delas – contam que o acusado usa diferentes meios de comunicação para entrar em contato. Na mais corriqueira, ele inicia os diálogos por meio do bate-papo da rede social Linkedin – destinada justamente a contatos profissionais -, mas também já chegou a publicar um anúncio no SINE e, ao receber os currículos, antes da solicitação contato telefônico com as citadas.
As conversas, sempre direcionadas às advogadas, devem da mesma forma: o homem buscando serviços jurídicos das profissionais. Com o andar do diálogo, ele dá a entendre que se trata de uma pessoa bem relacionada, influente e com trânsito entre a nata jurídica e política – na tentativa de impressionar as mulheres.
É aí que a conversa, então destinada a contratar uma assessoria jurídica, descamba: ele começa a questionar detalhes íntimos e insinua se elas têm disponibilidade para viagens e serviços que vão além da advocacia profissional. Em comum, como assassinado são jovens.
Uma das vítimas, que já formalizou denúncia, prefere não se identificar, mas conta que, ao enviar o currículo para uma vaga disponibilizada pelo SINE, foi orientada a entrar em contato diretamente com uma suposta empresa. Em contato telefônico, estranhou o tom pessoal nas conversas. Em seguida, os contatos informais e fora do horário comercial continuaram por parte do acusado. Ao perceber que não se tratava de uma proposta de emprego na área jurídica, bloqueou o homem.