Saiu na EXAME
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Quando iniciei minha carreira no segmento de tecnologia e internet, lá em 2010, ainda via poucas mulheres à frente de áreas estratégicas das grandes empresas com as quais trabalhei. Onze anos depois, vemos um incentivo forte para que mais mulheres tenham oportunidades em posições de liderança, e esse movimento vem sendo puxado justamente pelas empresas do setor de tecnologia e servido de modelo para os demais setores.
E esse movimento pró-liderança feminina não fica restrito apenas aos cargos diretivos. Uma pesquisa realizada pela consultoria de gestão, Korn Ferry, mostra que nos conselhos de administração de empresas brasileiras, a presença de mulheres subiu 14% em 2020, contra 7% em 2014. E no mercado de tecnologia, ao qual estou diretamente envolvida, o estudo mostra que o setor também está ganhando destaque.
Historicamente, muitas mulheres foram brilhantes ao conquistarem, com muita luta, seus espaços na sociedade, e são importantes inspirações para para as atuais gerações, ainda mais para quem busca oportunidades em posições de liderança. Nos dias atuais, acompanhamos mulheres como Whitney Wolfe Herd, fundadora do app de relacionamento Bumble, e a cantora Anitta, que recentemente foi contratada para integrar o conselho administrativo do Nubank, impulsionando cada vez mais a representatividade feminina nos diferentes segmentos do mercado.
Mas, ainda hoje, ser mulher num cargo de liderança não é tarefa fácil, sobretudo no mercado mais tradicional, é muito desafiador ser mulher à frente das negociações. Nas minhas experiências profissionais, já precisei demonstrar firmeza para fazer outra pessoa entender que não era necessário buscar um homem posicionado hierarquicamente acima de mim, que poderia falar diretamente comigo. Por outro lado, também tive a oportunidade de descobrir no mundo da tecnologia, onde passei a atuar nos últimos 11 anos