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Vítimas de violência carecem de apoio

Saiu no site JORNAL DE ANGOLA

 

Veja publicação original:  Vítimas de violência carecem de apoio

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Por Victor Pedro

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O chefe dos serviços províncias do Instituto Nacional da Criança no Cuanza Sul, David Domingos, defendeu, no Sumbe, o reforço de quadros ligados à área de  psicologia, para atender as vítimas de abuso sexual, que carecem de atendimento especializado, tendo em conta a carga emocional e psicológica que enfrentam durante o andamento do processo.

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Fotografia: DR

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David Domingos, que apresentou esta preocupação quando fazia o balanço do período compreendido entre Janeiro a Setembro do presente ano, informou  que o INAC no Cuanza-Sul registou 92 casos de violência contra a criança, com realce para 17 casos de abuso sexual contra menores de 14 anos, quatro casos de homicídios por asfixia, 25 casos de crianças em conflito com a Lei, 14 casos de abandono de criança, dez casos de ofensas corporais graves e simples, um caso de tentativa de abuso sexual e de privação de liberdade,sete casos de não prestação de alimento, cinco de fuga à paternidade e dois de crianças na rua.

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O responsável sublinhou que a par da dificuldade de quadros para atender a área emocional e psicológica das vítimas, há a falta de recursos financeiros, meios rolantes, bem como infra-estruturas adequadas para um acompanhamento mais criterioso dos casos críticos e violentos que surgem no dia-a-dia, no sentido de agilizar os processos que são remetidos ao SIC e à PGR.
O chefe dos serviços provinciais do INAC no Cuanza-Sul fez saber que o Sumbe foi o município com maior número de casos (33), seguindo-se os municípios do Amboim (Gabela) com 23 e o Libolo com dez casos.

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Alertou na ocasião aos pais e encarregados de educação no sentido de redobrarem os cuidados com as crianças que ficam em casa sozinhas ou na companhia de pessoas adultas de sexo masculino, tendo em conta o número crescente de casos de abuso sexual. Sublinhou que, na maior parte dos casos, os autores de crimes sexuais são familiares, vizinhos e amigos próximos, que, mediante coacção, aliciamento, ameaças e represálias conseguem persuadir as vítimas.

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David Domingos lembrou que outra situação que preocupa a instituição que dirige tem a ver com os últimos três casos de bebés mortos, ocorrências isoladas que não são comuns na província do Cuanza-Sul, tendo chamado a atenção das famílias para  terem maior cuidado com as mães depois do pré-natal, tendo em conta as crises, como o uso de bebidas alcoólicas, que contribuem para a morte negligenciada de recém-nascidos.

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Explicou ainda que o INAC tem trabalhado no incremento de acções de sensibilização da sociedade contra a violência doméstica, em encontros com a coordenação da rede provincial de protecção e promoção dos direitos da criança, elaboração de contribuições temáticas à comissão provincial de segurança escolar, reforço na aplicação da municipalização dos 11 compromissos, para garantir a protecção integral da criança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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