Uma pesquisa revelou que a maioria das entrevistadas (86%) acredita que a violência contra as mulheres aumentou em 2021. O estudo, do Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, é respaldado pelas estatísticas divulgadas pelos estados, de boletins de ocorrência e crimes notificados no ano.

No Distrito Federal, foram 16.327 casos de violência doméstica no ano passado, o segundo maior número em 12 anos da série histórica.

No Ceará, foram registradas 18.889 vítimas do gênero feminino de crimes previstos na Lei Maria da Penha. Além disso, 1.946 crimes sexuais constam nos dados oficiais.

Em São Paulo (capital), os atendimentos a vítimas de violência doméstica cresceram 75% em relação a 2020, com 42.212 mulheres acolhidas.

Em Manaus, 18.870 mulheres registraram denúncias de violência doméstica.

Em Minas Gerais, foram registradas 130.178 ocorrências de violência contra a mulher, só entre janeiro e outubro.

Esses são apenas alguns exemplos.

Sabemos que a subnotificação sempre foi um problema e que, à medida que falamos mais sobre o assunto e criamos mais espaços adequados para denúncias, mais as mulheres se sentem seguras para relatar o que sofrem. No entanto, só isso não explica o número tão alto de casos. A violência ainda é uma dura realidade enfrentada por milhões de brasileiras diariamente.

Mas melhorar esse cenário está no alcance de todas nós — temos que “meter a colher” em briga de marido e mulher, sim; temos que cuidar de nós mesmas e das outras; temos que eleger mais candidatas que defendam as nossas pautas; temos que fazer nossas vozes serem ouvidas!

Se você precisa de ajuda, pode entrar em contato pelo link na bio, pelo site justiceiras.org.br ou pelo WhatsApp (11) 99639-1212.