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Unicamp aborda racismo, feminismo, religião e fake news na 1ª fase do vestibular 2019

Saiu no site G1

 

Veja publicação original:  Unicamp aborda racismo, feminismo, religião e fake news na 1ª fase do vestibular 2019

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Interdisciplinaridade nas questões, diversificando os temas entre as disciplinas, foi destaque na prova. Ao todo 76,3 mil candidatos se inscreveram para o exame. Repórter do G1 fez a prova.

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Por Fernando Pacífico, Letícia Baptista e Patrícia Teixeira

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A primeira fase do vestibular 2019 da Unicamp, realizada neste domingo (18), retratou em suas 90 questões de múltipla escolha temas como fake news, feminismo, racismo e religião. Ao todo 76,3 mil pessoas se inscreveram para disputar 2.589 vagas em 69 cursos de graduação.

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O repórter Fernando Pacífico do G1 fez o exame no maior local de prova de Campinas (SP), a Unip do bairro Swift, com 4.647 candidatos. Ele ressaltou a interdisciplinaridade nas questões, o diálogo entre o conteúdo do ensino médio e temas da atualidade. Veja, abaixo, alguns temas abordados.

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  • racismo
  • empoderamento da mulher e feminismo
  • déficit habitacional
  • violência no campo
  • doping no esporte
  • eleições
  • precarização do trabalho e desemprego
  • doença atrofia muscular espinhal (AME)
  • imigração
  • conflito religioso
  • fake news
  • política brasileira, a partir de um slogan do governo Temer
  • função (matemática)
  • probabilidade
  • desastre nuclear em Chernobyl
  • malária
  • qualidade do ar durante a greve dos caminhoneiros
  • fascismo na sociedade
  • a revolta de Maio de 1968 na França

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A prova começou às 13h em 30 cidades paulistas, incluindo a capital, e também em Salvador (BA), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE). Os estudantes podem concluir o exame em até cinco horas, portanto até as 18h (horário de Brasília).

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Maratona do G1

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A reportagem do G1 foi para a sala de aula neste domingo para voltar a experimentar um dia de vestibulando da Unicamp, embora sem a pressão de buscar uma vaga – o que faz muita diferença.

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Em uma sala reservada para 58 candidatos, houve somente uma ausência. A concentração só é interrompida por avisos sobre o exame e o barulho de ventiladores usados para amenizar o calor.

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Se fórmulas de exatas fogem à memória e o famoso “branco” dá o “ar da graça” em biologia, mesmo quem fez o ensino médio há bastante tempo consegue ter mais tranquilidade nas questões onde há interdisciplinaridade e nas disciplinas de humanas, que exigem interpretação de texto.

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O destaque do vestibular é o diálogo entre assuntos obrigatórios da base curricular com temas que precisam ser mais debatidos pela sociedade: combate ao racismo, empoderamento da mulher, o déficit habitacional, a violência no campo e a consciência politica.

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Ao longo de quatro horas, incluindo talvez “mais chutes” do que o desejado entre as 90 questões de múltipla escolha, ficou comprovada que a disputa por vagas na universidade é uma maratona.

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Devem atingir mais pontos os candidatos que não somente dominam uma série de teorias, mas também são capazes de fazer análises críticas e têm repertório antenado que exige reflexões.

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A Unicamp busca corresponder à demanda do país ao promover uma série de formatos para tentar elevar a inclusão social. Entre elas, as cotas étnico-raciais e a manutenção da bonificação para alunos oriundos de escolas públicas. Agora, é esperar o gabarito.

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Candidatos fazem prova da 1ª fase da Unicamp, em Piracicaba  — Foto: Fernando Jacomini/G1

Candidatos fazem prova da 1ª fase da Unicamp, em Piracicaba — Foto: Fernando Jacomini/G1

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Calendário

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  • Lista de aprovados na 1ª fase, locais de provas da 2ª fase e notas de corte: 10 de dezembro
  • Divulgação das notas da 1ª fase: 20 de dezembro
  • Provas da 2ª fase: 13, 14 e 15 de janeiro
  • Provas de habilidades específicas: 21 a 25 de janeiro
  • Divulgação da 1ª chamada: 11 de fevereiro
  • Matrícula não-presencial: 12 de fevereiro
  • Divulgação das notas da 2ª fase e classificação: 14 de fevereiro

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Cotas

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opção pelas cotas no vestibular 2019 da Unicamp foi deixada de lado por 45% dos estudantes inscritos autodeclarados pretos e pardos, segundo a Comvest. O total representa 9,1 mil entre os 16,6 mil candidatos deste grupo, e 12% do total de 76,3 mil que buscam uma vaga na universidade.

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A Unicamp

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Fundada em 1966, a universidade estadual conta com 34 mil alunos matriculados em cursos de graduação e programas de pós-graduação, segundo o site oficial. Os três campi, localizados nas cidades de Campinas, Limeira e Piracicaba, compreendem 24 unidades de ensino e pesquisa.

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