Nos cursos das áreas técnicas e tecnológicas, menos de 50% dos aprovados no último vestibulinho das Etecs eram mulheres. Nas Fatecs, o número cai para 30%.

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A aluna Isabelle Quirino está no terceiro ano do ensino médio e faz curto técnico de eletrotécnica. Para ela, as mulheres fogem dos cursos tecnológicos por medo. “Medo de como vai ser, como vai ser aceita pelos homens”, diz.

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Outra aluna, Yasmin Reis, afirma: “Por exemplo, vou estar numa sala que tem 30 homens e só duas mulheres? Então é muito difícil para as mulheres aceitarem isso. É uma área só de homens? Não! É uma área tanto de homem quanto de mulher.”

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A professora Grace Borges criou o grupo Fatec Girls. Elas dão palestras, organizam oficinas e explicam as possibilidades desse mercado para as mulheres. “A iniciativa é que a gente tenha atividades, oficinas, palestras, diversas iniciativas para focar as meninas pra virem para a área da computação o mais cedo possível”, afirma.

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A estudante Luciane Martins, que cursa análise de desenvolvimento de sistemas, participou de um dos eventos da Fatec Girls e decidiu mudar de área.

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“Minha formação original é arquitetura. Na verdade eu sempre quis fazer curso na área de TI, mas eu fui influenciada pela minha família a fazer arquitetura que era mais fácil pra mulher, eles falavam. E agora eu finalmente consegui mudar de área e tô aqui no curso.”

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Muitas meninas nem consideram estudar e trabalhar numa dessas áreas simplesmente por falta de conhecimento.

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“Muitas garotas são afastadas da área tecnológica por criação. E elas não sabem o quão legal é isso”, afirma Rebeca Pereira de Almeida, aluna de mecatrônica.

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“Eu posso dizer que, por mim, ainda tive uma infância diferente porque tive acesso a videogame, eu jogava bastante, mas no geral era as meninas brincam com boneca, videogame é de menino”, diz a aluna Michelli Silva, do curso de Análise de desenvolvimento de sistemas.

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