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Redes solidárias de apoio ajudam mulheres em situação de violência e vulnerabilidade

Saiu no JORNAL NACIONAL

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Além da violência doméstica, a pandemia agravou uma série de outros problemas em lares chefiados por mulheres, mas fez surgir também uma rede de apoio e proteção.

“No dia 19 de janeiro, minha irmã me mandou uma mensagem contando que tinha acabado de ser enforcada pelo ex-namorado. Em desespero, procurando ajuda, eu divulguei em minhas redes sociais”, relatou Paula.

O pedido de socorro de Paula chegou ao grupo Justiceiras, uma rede de apoio a mulheres vítimas de violência criada em 2020 pela promotora Gabriela Mansur.

“Eu acabei percebendo também uma grande diferença entre o aumento da violência divulgado amplamente pela mídia e uma diminuição dos processos que chegavam para mim na Promotoria de Justiça especializada em violência contra a mulher. Estava havendo um descompasso. Óbvio que era falta de acesso das mulheres que estavam sofrendo violência aos pedidos de ajuda. Foi assim que nós criamos esse projeto Justiceiras, nas mais diversas áreas: jurídica, psicológica, socioassistencial, médica, e a rede de acolhimento”, contou Gabriela Manssur, promotora de Justiça.

Em 11 meses, foram 16 mil atendimentos pela internet feitos por quase 5 mil voluntárias.

“Quando esse apoio chega para elas, elas ficam cientes de que elas não estão só, que existe uma rede”, comentou Auxiliadora Borba, assistente social e voluntária do Justiceiras.

No Brasil, a pandemia aumentou as desigualdades. A crise social e econômica fez piorar a qualidade de vida no país em que quase metade dos lares são sustentados por mulheres. Nesse emaranhado de dificuldades, surgiram redes solidárias de apoio capazes de transformar vidas nos momentos mais difíceis.

No Rio, a assistente social Stella Moraes mudou a vida de mais de 400 mulheres. No começo da pandemia, ela distribuía cestas básicas, mas percebeu que isso não era suficiente. “O perfil eram mulheres em situação de extrema pobreza. Elas eram desempregadas, com fundamental incompleto. Foi aí que eu desenhei então, em cima dessas demandas, um projeto chamado ‘Mãe e muito mais’. A gente queria, na verdade, oportunizar emancipação social, financeira e emocional para essas mulheres”, relatou Stella.

Repórter: Você buscava comida na distribuição que a Stella fazia. Só que aí a sua vida mudou, né?
Andressa: Sim. Fiz um curso de cabeleireira e, através desse curso, eu consigo uma renda que eu sustento meus filhos e minha família.

No meio de 2020, a casa da Michele foi interditada pela Defesa Civil. Desempregada e com seis filhos, não tinha para onde ir. Teve ajuda da Stella e de outras mulheres.

“Do nada ela me mandou a mensagem e falou ‘minha filha, está tudo bem?’ Eu expliquei para ela que não estava tudo bem. Ela falou: ‘pode mudar seu humor, porque consegui seu material todo para construir a casa’”, contou Michelle.

“Aquilo não era luxo. É dignidade”, afirmou Stella.

Sabrina entrou para a faculdade.

Sabrina: Eu falei para ela que queria fazer Pedagogia. Ela falou: ‘Você vai, você vai!’. Falei: ‘Eu não vou, eu não vou conseguir’. Ela: ‘Você vai!’.
Repórter: Isso significa o que na sua vida?
Sabrina: Muito!

“Elas nascem na favela e a gente joga elas para o mundo. Eu falo para elas o tempo inteiro: o território nacional é de vocês, não é só favela. Vamos para frente, vamos para o mundo, vamos ocupar espaços”, disse a assistente social Stella Moraes

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