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Quantas mulheres conseguem pensar primeiro em si mesmas?

Saiu na GZH

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Entre os meus 17 e 21 anos, colecionava cadernos. Neles, escrevia sobre tudo o que sentia, pensava e fazia. Período de paixões platônicas, início de faculdade, muito cinema e teatro alternativo, descoberta do sexo. Meu quarto na casa dos pais era um bunker onde eu escutava música e escrevia até tarde da noite. Depois escondia os cadernos no fundo de uma gaveta, embaixo das roupas, torcendo para que ninguém os encontrasse. Não havia neles a confissão de nenhum crime, a não ser o ato ilícito de questionar certos padrões que começavam a me asfixiar. Se alguém lesse, poderia se sentir magoado, mas eu precisava continuar escrevendo, de preferência sem sonegar minhas aflições. Foi quando me refugiei na poesia, criando meus primeiros versos – a literatura também é um belo esconderijo.

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